Gatito Fernández comemorando atuação no clássico vencido pelo BotafogoVitor Silva/Botafogo

Rio - A atuação memorável de Gatito Fernández não só garantiu a vitória do Botafogo e a quebra de jejum em partidas contra o Flamengo, como também marcou uma virada de chave na carreira do jogador. O paraguaio, que ficou 16 meses longe dos gramado, provou que pode repetir temporadas de alto nível com a camisa do Glorioso.
"Maior drama é que eu não sabia que voltaria a estar no nível que eu estive nos outros anos. Ontem consegui provar para mim mesmo que eu consigo estar no nível que joguei dos outros anos aqui no Botafogo. Fico muito orgulhoso do trabalho que faço diariamente, pré-treino, em casa trabalhando, isso dá uma satisfação, e também a todo o estafe do clube que está sempre me ajudando. É uma coisa que me enche de orgulho", disse Gatito, no programa 'Seleção SporTV' desta segunda-feira (9), destacando a quebra de tabu contra o rival.
"Conversamos com o Kanu nessa semana e tínhamos falado que já era hora de mudarmos essa parte negativa que estávamos tendo nos clássicos. Nós que estamos há mais tempo no clube vínhamos guardando uma mágoa grande, porque não conseguíamos conquistar uma vitória e entregar à nossa torcida. Graças a Deus ontem conseguimos reverter isso."
Contratado em 2017, Gatito é um dos pilares do elenco e um dos poucos que podem dizer o que é o novo Botafogo traçando a realidade com a anterior do clube. O goleiro, celebrando os novos tempos, exaltou o novo clima e a participação do torcedor neste processo.
"A potência da nossa torcida é impressionante. Nós vemos como a atmosfera mudou completamente no clube, estamos vendo isso nos jogos em casa e fora, sempre com muita torcida. Quem ganha com isso é o futebol brasileiro. Que os clubes comecem a se estruturar e a pensar em formas novas de trabalhar para deixar o futebol brasileiro como uma potência ainda maior", disse.
Gatito Fernández, de acordo com o "Footstats", se tornou no clássico contra o Flamengo o goleiro com mais defesas difíceis na Série A até o momento, com sete intervenções.