Luis CastroVitor Silva / Botafogo

Rio - O Botafogo perdeu mais uma partida no Campeonato Brasileiro. Em cinco jogos, foram quatro derrotas e uma vitória. Desta vez, foi na noite do último sábado, diante do Corinthians pelo placar de 1 a 0, na Neo Química Arena. Enfrentando uma série de problemas na montagem do time, o treinador Luís Castro se depara com grande quantidade de atletas lesionados ou em transição. Apesar disso, o português reconheceu o empenho da equipe.
"Acho que fizemos um jogo aceitável e positivo. Não tenho dúvidas. Saio com a sensação de que foi um bom jogo, muito disputado, competitivo, com as duas equipes buscando o gol. Queríamos muito ganhar o jogo. Mas nós não temos tido estabilidade ao longo do campeonato. É sempre um entra e sai de jogadores. Vamos esperar que o segundo turno nos dê mais paz. Não é por acaso que as equipes têm elencos com quase 30 jogadores do mesmo nível. E e isso que queremos fazer no Botafogo", disse Castro.
Minutos antes de a bola rolar, Castro perdeu Eduardo, que teve um mal-estar. Aos 12 minutos de jogo, Marçal sentiu a coxa e pediu para sair. Em meio às dificuldades, o português falou sobre muitos desfalques no Botafogo ao longo do Brasileirão e que, por isso, não consegue repetir a escalação.
"O futebol está cheio de problemas diários em relação à saúde dos jogadores. Cada vez o jogo mais agressivo, feito de duelos, cada vez os treinos são mais intensos. É um risco. Mas por outro lado se não trabalharmos o que devemos trabalhar com medo de que as coisas aconteçam... Temos que achar um equilíbrio. E o caso do Eduardo não foi um problema muscular. Ele já estava escalado, e ia repetir a equipe pela primeira vez, mas ele teve uma febre muita alta um pouco antes do jogo. Precisamos de mais estabilidade. A linha defensiva tem tido muitos problemas. Agora tivemos o Marçal. Teve o Carli, o Cuesta, o Saraiva... nunca fomos uma linha estável ao longo do campeonato", lamentou.
Luís Castro afirmou que nunca havia vivido tamanha situação em sua carreira. Mesmo assim, disse está que otimista e confia no processo do Botafogo.
"Sempre falo o que meu coração diz. Sou um treinador muito positivo. Sempre penso que vamos conseguir os objetivos e superar as adversidades. Mas confesso que tem sido demasiado. Ao longo da minha carreira nunca tive tantas adversidades como venho tendo no Botafogo. Continuo positivo e a acreditar, mas a dimensão psicológica não existe somente para os jogadores. Existe também para o treinador e para todos. Há momentos que tenho que lutar. Perdemos o Eduardo a poucos minutos do jogo. Para uma equipe que está em construção, é extremamente difícil. Não é uma missão impossível, mas é uma missão de muita dificuldade", completou.