John Textor aplaude torcedores do BotafogoVitor Silva / Botafogo

Rio - O rombo financeiro da holding, Eagle Football Group, de John Textor, que ameaçou o Lyon de rebaixamento no Campeonato Francês não gera preocupação no Botafogo. O CEO do clube carioca, Thiago Arruda, reforçou a confiança no modelo administrativo do norte-americano.
"Confiamos na liderança visionária do nosso acionista majoritário John Textor como agente de transformação positiva no futebol mundial. Nossa família está cada vez mais unida em busca do sucesso de todos os clubes", afirmou em entrevista ao portal "FogãoNet".
Em relação a situação do Lyon, o CEO afirmou que o que está ocorrendo é um ruído entre a rede de Textor e o modelo do futebol francês.
"A Eagle Football desenvolveu um modelo inovador e disruptivo de colaboração entre clubes que tem causado desconforto em nossos adversários no Brasil e na França. No Brasil, os torcedores já entenderam o privilégio de fazer parte desse modelo, enquanto a França ainda está em fase de entendimento do nosso diferencial competitivo. Estamos muito seguros de que tudo vai se resolver brevemente. O Lyon segue evoluindo de forma estruturada na recuperação da pujança esportiva desde a chegada da Eagle na gestão", disse.
Entenda o caso
O Lyon, clube de John Textor na França, foi proibido de de contratar jogadores na próxima janela de transferências por decisão da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP). Em comunicado apresentado nesta sexta-feira (15), o órgão exigiu que o clube melhore sua situação financeira. Caso contrário, poderá ser rebaixado no Campeonato Francês.
Segundo o "L'Equipe", os membros do DNCG não se convenceram com os argumentos apresentados por Textor. A Eagle Football Group, holding do empresário, teve um aumento em suas dívidas de 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões). Na reunião desta sexta, a DNCG queria que os dirigentes do Lyon apresentem garantias de, no mínimo, 10 milhões de euros na atual temporada, o que não aconteceu.
De acordo com veículos de imprensa da França, uma possibilidade de garantia por parte do Lyon é o compromisso de vender jogadores dos clubes que fazem parte do portifólio da Eagle Football, como o Botafogo. Outro solução seria John Textor vender suas ações do Crystal Palace, da Inglaterra, onde tem 45% de participação.
Na divulgação dos resultados da última temporada, a Eagle Group indicou uma contribuição de 75 milhões de euros até o fim de 2024 através de capital próprio ou receita com vendas de jogadores da holding. Esse valor ainda pode chegar a 100 milhões de euros em janeiro, após a "conclusão das transferências de jogadores durante a janela de transferências de janeiro de 2025".
O dono da SAF do Botafogo, John Textor, concedeu uma coletiva neste sábado (16), para falar sobre o risco de rebaixamento do Lyon. O empresário americano garantiu que o rombo financeiro de sua holding, Eagle Football Group, será sanado antes do fim da temporada, resolvendo o problema na França.
"Quero dizer ao mundo: o Lyon não será rebaixado. Não há chance disso. Parece-me estranho que a DNCG me diga como gerir o meu negócio. A DNCG não trabalhou com o nosso modelo de rede multiclube e com o nosso futuro. Nós temos recursos, e se falharmos em tudo, temos acionistas. Ninguém vai deixar o clube ser rebaixado", garantiu.