Alexander Barboza é zagueiro do BotafogoVítor Silva/Botafogo
Vices do Botafogo em 2025 frustram Barboza: 'O grupo queria ganhar tudo'
Glorioso amargou o segundo lugar tanto na Supercopa Rei quanto na Recopa Sul-Americana
Rio - Depois de conquistar a Libertadores e o Brasileirão em um intervalo de apenas oito dias na temporada passada, o Botafogo não conseguiu cumprir com as altas expectativas para o início de 2025. Os vices na Supercopa Rei e na Recopa Sul-Americana, que seriam títulos inéditos para o Alvinegro, frustraram não só os torcedores como também o zagueiro Alexander Barboza.
"O grupo queria ganhar tudo. Trabalhou para ganhar tudo. Lamentavelmente não deu certo. Acontecem coisas no futebol... Talvez tenha faltado um pouco mais de intensidade, a característica do Botafogo no ano passado. Mas temos que esquecer o ano passado, essa é a realidade. Esse é um time novo, novos jogadores, um novo corpo técnico também", disse Barboza, na zona mista do Nilton Santos.
A falta de um técnico mais experiente esteve em pauta na entrevista, mas Barboza negou que o time tenha sentido falta. O zagueiro também defendeu Caçapa, que chegou ao Glorioso há poucas semanas para assumir o time interinamente e ser o auxiliar permanente do Botafogo.
"Não, não. Ele é um cara muito top, bom treinador, com muita personalidade. Então, não posso falar dele", destacou Barboza.
Por outro lado, ele chegou a criticar o planejamento do Botafogo depois da derrota para o Racing no jogo de ida. Dias depois, Barboza pediu desculpas.
Período sem técnico
O Alvinegro estava sem treinador desde o dia 3 de janeiro, quando Artur Jorge oficialmente deixou a SAF. No período, o técnico do time sub-20, Carlos Leiria, assumiu os profissionais de forma interina.
Na madrugada do dia 13 de fevereiro, o Botafogo confirmou o retorno de Cláudio Caçapa. E somente na última sexta-feira (28), o Glorioso oficializou a contratação do técnico Renato Paiva.
A longa busca deixou o time sem treinador por praticamente dois meses. O acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, nunca escondeu que o foco está em outras competições. O cuidado para ter um comandante por todo 2025 também pesou.
"É um ano muito, muito longo, sei que todo mundo está empolgado com o jogo contra o Flamengo, mas temos que ter a certeza de tomar a decisão certa, porque queremos ganhar o Campeonato Brasileiro, competir pela Libertadores, ir bem na Copa do Mundo de Clubes. Estou tendo cuidado de não ir tão rápido nessa decisão", disse Textor, à Placar, ainda em janeiro.
"Você não pode apressar o processo porque você está preocupado com algo nesse começo de calendário. Estamos levando a sério e vamos estar prontos para jogar. Nosso time é muito bom, mas vamos ver... Tenho certeza que farei uma oferta por um treinador no mês de janeiro. E tenho certeza que, quando fizer a oferta, esse treinador aceitará o trabalho, mas não nos dará muito treino para o dia 2 de fevereiro. Queremos um técnico para o ano todo", completou.
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