Peça-chave no Vasco, Cano desencantou e marcou o primeiro gol em clássicos contra o Flamengo
Peça-chave no Vasco, Cano desencantou e marcou o primeiro gol em clássicos contra o FlamengoDaniel Castelo Branco
Por O Dia
Rio - Com juros e correção, o Vasco encerrou o longo e incômodo jejum sem vencer o Clássico dos Milhões, que durava desde abril de 2016. Na melhor atuação sob o comando de Marcelo Cabo, o Vasco carimbou a faixa de campeão do apático arquirrival, nesta quinta-feira, com uma incontestável vitória por 3 a 1, no Maracanã. Com o resultado, o Vasco, agora com 13 pontos, subiu para o quinto lugar e se manteve vivo na disputa do uma vaga na semifinal da Taça Guanabara. Em segundo, com 19, o Rubro-Negro já estava classificado, mas deixou o estádio de 'cabeça inchada'.
Antes de a bola rolar, o jornalista Aloy Jupiara recebeu uma homenagem póstuma um minuto de silêncio. Editor-chefe do jornal O DIA, Aloy faleceu na última segunda-feira, aos 56 anos, como uma das mais de 360 mil vítimas fatais do novo coronavírus no Brasil.
Quatro dias após a conquista da Supercopa do Brasil, na decisão contra o Palmeiras, em Brasília, o Flamengo não teve tempo para se sentir à vontade e imprimir seu dominante estilo de posse de bola e troca de passes. O gol de Léo Matos, revelado na Gávea, ajudou a desmoronar a estratégia de Rogério Ceni. Após a cobrança de escanteio de Zeca, o lateral-direito subiu mais do que Bruno Viana para abrir o placar, aos seis minutos.
Vetado, Arrascaeta fez falta. A uma lesão no tornozelo direito do uruguaio não diminuiu o foco da polêmica no noticiário a poucas horas antes do início do jogo. De acordo com o 'ge', o uruguaio e seu empresário, Daniel Fonseca, cobram do clube a compra de 12.5% que pertence dos direitos que ainda pertecem ao Defensor. Fonseca alega acordo verbal, enquanto o clube carioca se atém às cláusulas que exigiam a presença do camisa 14 em 4 mil minutos em campo por temporada.
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Ainda que sem Arrascaeta, o Flamengo pouco incomodou. Em vantagem, o Vasco aplicado e motivado após após a polêmica mudança da data do clássico, a pedido da diretoria rubro-negra, não perdoou. Aos 28, Cano aproveitou o bom passe de Morato para aumentar a vantagem e comemorar como jogador de golfe, seu hobbie nos dias de folga, o primeiro gol no Clássico dos Milhões. De Gerson, Diego, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol pouco se viu no primeiro tempo.
Com a entrada de Matheuzinho e Vitinho no lugar Isla e João Gomes, respectivamente, Rogério Ceni busca uma reação. Com uma boa vantagem, o Vasco colheu os frutos da evolução nas mãos de Marcelo Cabo e superou a pressão imposta no início do segundo tempo. Lucão respondeu com boa defesa na finalização de Gerson e contou com a sorte na finalização de Vitinho que parou na trave.
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A pressão aumentou, mas quando o Flamengo superou a encaixada marcação, Lucão se mostrou atento às investidas de Bruno Henrique e Vitinho. Ao sair, o rubro-negro deixou burracos na marcação. E aos 32, Morato não desperdiçou o contra-ataque e, após o ótimo passe de Galarza, deixou Filipe Luís para trás para ampliar: 3 a 0. Marcelo Cabo não quis perder a chance de confirmar o 'chocolate' e fechou o Vasco. Com Bruno Gomes e Miranda no lugar de Pec e Andrey, o treinador fechou a 'casinha' para encerrar o jejum contra o Flamengo, que acumulava oito vitórias e nove empates no clássico desde 2016.
No fim, o gol de honra de Vitinho, aos 47 minutos, fez pouca diferença e não diminuiu o peso da ótima atuação de Lucão. Do lado rubro-negro, é válido ligar o sinal de alerta após uma péssima exibição às vésperas da estreia na Libertadores, na próxima terça-feira, contra o Vélez Sarsfield, em Buenos Aires.
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FLAMENGO X VASCO

Local: Maracanã
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Gols: 1º tempo - Léo Matos (6 minutos) e Cano (28 minutos). 2º tempo - Morato (32 minutos) e Vitinho (47 minutos)
Cartões amarelos: Diego, Wagner Miranda (preparador de goleiros), Bruno Henrique; Galarza, Morato, Léo Matos, Marcelo Cabo (técnico), Cayo Tenório
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

Flamengo: Diego Alves, Isla (Matheuzinho), Willian Arão, Bruno Viana e Filipe Luís; João Gomes (Vitinho), Diego, Gerson e Everton Ribeiro (Rodrigo Muniz); Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Rogério Ceni

Vasco: Lucão, Léo Matos, Ernando, Leandro Castan e Zeca; Andrey (Miranda), Galarza (Carlinhos) e Marquinhos Gabriel; Morato (Cayo Tenório), Gabriel Pec (Bruno Gomes) e Cano (Léo Jabá). Técnico: Marcelo Cabo