Por pedro.logato
Rio - Luiz Eduardo Baptista é a primeira baixa do Flamengo na guerra dos ingressos. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e o presidente do Vasco, Eurico Miranda, conseguiram minar a diretoria rubro-negra, mas foi o fogo amigo do presidente Eduardo Bandeira de Mello que atingiu o até ontem vice de marketing do clube. A trégua com o inimigo, na forma de acordo pelo jogo de quarta, no Maracanã, feriu a filosofia da atual gestão. E o orgulho de Bap.
Luiz Eduardo Baptista está fora do FlamengoDivulgação / Fla Imagem

Desde da eleição da Chapa Azul que as decisões são tomadas em conjunto. Bandeira de Mello, porém, costurou o acordo com a Ferj, de ajustar o preço dos ingressos e abrir apenas o setor norte do Maracanã, à revelia do restante do Conselho Diretor.

Parte dos vice-presidentes queria manter a posição contrária à Ferj, principalmente depois de Bandeira de Mello ter sido ofendido pelo presidente da entidade, Rubens Lopes. Bap, um dos mais influentes da diretoria, não suportou o recuo. O racha rubro-negro é uma vitória da Federação e de Eurico Miranda.

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O Flamengo informa que Bap deixou o clube por motivos particulares. O clube, por meio de sua assessoria, afirma desconhecer qualquer insatisfação do ex-dirigente. Ainda não se sabe quem assume a pasta do marketing. Bap não justifica a sua saída, na carta de despedida que escreveu para a torcida. Ele apenas faz uma série de agradecimentos, inclusive a todos da Chapa Azul e do Conselho Diretor. A ferida está aberta.
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“...Dirijo-me aqui a todos os rubro negros para comunicar que decidi desligar-me da gestão do Clube Regatas Flamengo. Devo dizer a toda a Nação que, servi-los, foi acima de tudo a realização de um sonho, uma honra da qual jamais me esquecerei e que tenho enorme orgulho de minhas contribuições. Peço desculpas pelos erros, ainda que, como na vida, sejam (e foram!) as sementes do aprendizado... Eu sempre estarei com vocês. Tudo pelo Flamengo, nada do Flamengo. Saio do Flamengo, mas o Flamengo jamais sairá de mim. Saudações rubro-negras.”
Relato na súmula põe clubes sob risco de punição
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Em meio à crise interna, a diretoria do Flamengo precisa lidar com outra bomba que estourou na estreia do Carioca. A invasão ao vestiário do Macaé e a agressão ao goleiro Ricardo Berna foram relatadas pelo árbitro Rodrigo Carvalhaes na súmula. O Rubro-Negro, por causa de sua torcida, e o Macaé, responsável pela segurança, correm o risco de punição por parte do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio.
A diretoria do Macaé divulgou nota oficial, ontem, na qual afirma que o time da Região dos Lagos “é vítima no episódio, e não responsável, como vem sendo acusado.” No texto, que fala em 100 invasores, o clube ressalta que nunca teve esse tipo de problema no Moacyrzão, repudia qualquer ato de violência, mas se compromete a “adotar melhorias que possam evitar fatos como o ocorrido”.
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Alecgol...eiro revela tensão ao substituir Paulo Victor
Alecsandro viveu momentos de alegria e tensão, na estreia do Flamengo no Carioca, diante do Macaé. Primeiro, voltou a marcar, e de cabeça, após passar por uma cirurgia na face. Depois, teve que atuar como goleiro, já que Paulo Victor sofreu uma concussão cerebral ao se chocar com Aloísio. O camisa 9 não levou gol e garantiu um ponto para o Rubro-Negro.
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“A ficha caiu depois. Primeiro, o intuito é de ajudar. A ação que tive foi como líder da equipe. Quando cheguei lá, a discussão era sobre quem ia para o gol. Era o Wallace e o Anderson (Pico). Parei e pensei: ‘Eu tenho que ir’. Mantivemos a zaga posicionada, abrimos mão de um atacante, mas continuamos com a característica de velocidade”, disse o atacante, que pediu para o time marcar forte:
“De fora da área, eu não ia tomar, mas, mais próximo, complica. Alguém tinha que ir para o gol. Em alguns momentos, pensei: ‘O que estou fazendo aqui?’. Vi como os goleiros sofrem. Acabou dando tudo certo.”