Henrique Dourado - Gilvan de Souza / Flamengo
Henrique DouradoGilvan de Souza / Flamengo
Por Vitor Machado

Rio - O abismo que separa Boavista e Flamengo se revela na importância dada a cada clube para o confronto de hoje, às 17h, no Kleber Andrade, em Cariacica (ES). Ao Rubro-Negro, que ano passado conquistou o Carioca sem vencer qualquer turno, a Taça Guanabara tem valor mais místico do que histórico. Além disso, pode ser a chance de Henrique Dourado se jogar de vez nos braços da torcida. O primeiro turno da competição estadual, no entanto, ganha tamanho de Copa do Mundo sob a ótica do clube de Fellype Gabriel.

O Flamengo é o maior vencedor da história da Taça GB. Das 20 vezes em que ficou com o troféu, em 12 terminou com o título do Carioca. Um bom presságio que se confirmou nas últimas oito oportunidades nas quais os rubro-negros ficaram com o troféu do turno (1996, 1999, 2001, 2004, 2007, 2008, 2011 e 2014).

Embora sirva de injeção de ânimo na caminhada rumo à estreia pela Libertadores, dia 28, contra o River Plate, no Engenhão, o título não é capaz de coroar o trabalho feito até aqui por Paulo César Carpegiani. Porém, o vice, diante de um clube de menor investimento, geraria incerteza.

Para Henrique Dourado, no entanto, a final se apresenta como a oportunidade de ceifar qualquer desconfiança. Na final da Taça Guanabara de 2011, por exemplo, contra o mesmo Boavista, o gol de Ronaldinho, de falta, aproximou o astro da torcida e serviu de combustível ao bonde sem freio. Ao camisa 19, basta cumprir o seu papel de colocar a bola na rede.

Por sua vez, o Boavista busca seu primeiro título de turno do Carioca. Em sua acanhada coleção de troféus, acomodam-se as conquistas da Copa Rio de 2017, e da Segunda e Quarta Divisões do Carioca, em 2006 e 1991, respectivamente.

Na semifinal contra o Bangu, Fellype Gabriel, que voltava de mais uma lesão, comandou o Boavista no empate em 2 a 2. Jogador promissor da base do Flamengo, o meia-atacante, se der ao time de Saquarema o título, mostra ao Rubro-Negro, aos outros clubes grandes por onde passou e ao mercado que ainda tem, aos 32 anos, lenha para queimar.

LEANDRÃO É DÚVIDA PARA A FINAL DE HOJE
Publicidade
O técnico do Boavista, Eduardo Allax, fechou os portões e escondeu o jogo no treino de ontem à noite, no Kleber Andrade, palco da final de hoje. A principal dúvida do treinador é no ataque. Leandrão, que deixou a semifinal contra o Bangu lesionado, apenas trabalhou na academia, pela manhã.
Se não puder atuar, o meia Lucas deve substituí-lo. Resta saber também se Erick Flores, suspenso contra o Bangu, volta à equipe.
Publicidade
"Vamos esperar o Leandrão até o último momento. Caso ele saia, devemos ter alguma mudança de postura tática e vou optar por velocidade", disse Eduardo Allax.
 
Publicidade
RHODOLFO NA VAGA DE JUAN, LESIONADO
Rhodolfo será o companheiro de Réver na zaga do Flamengo, hoje, na final da Taça Guanabara. Juan nem viajou com o grupo, ontem, para o Espírito Santo, por causa de um problema nas costas.
Publicidade
O zagueiro já havia ficado fora de algumas atividades durante a semana, mas por causa de uma pancada no tornozelo sofrida na vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo, na semifinal. Na ocasião, Rhodolfo entrou no intervalo, quando o placar marcava 1 a 0 a favor do Rubro-Negro.
Já na última rodada da primeira fase, o Flamengo venceu o Nova Iguaçu por 1 a 0 com um golaço de Rhodolfo, em chute da intermediária.
Publicidade
 
Você pode gostar
Comentários