Rio - Vinicius Júnior, no glossário do torcedor rubro-negro, é sinônimo de alegria. O sorriso largo mais uma vez fará parte de seu uniforme contra o Palmeiras, às 21h, na casa do adversário. Mas, após a vitória sobre o Paraná, sua provável despedida do Maracanã, o menino caiu em lágrimas. Um choro sincero que, embora tenha emocionado a Nação, atraiu um comentário preconceituoso de um internauta. A joia de 17 anos preferiu ignorar a ofensa criminosa. Com seus dribles, deixará adversários de todo o mundo para trás. Já os racistas não passarão.
"Nosso jurídico está analisando. É uma coisa inadmissível, quem faz uma coisa dessas deve ser uma pessoa desprezível e merece todo o nosso repúdio. Vamos apoiar nosso jogador até as últimas consequências", disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello, à Rádio Globo.
No comentário racista, apagado poucos minutos depois pelos administradores do grupo no qual foi publicado, o internauta ofende Vinicius Júnior: "Primeira vez que vi um macaco chorar."
O atacante, no entanto, mantém a cabeça erguida e olha para um futuro de sonhos. Se ficar mais no Flamengo, terá tempo para realizar tudo o que sempre planejou pelo clube que o revelou. Caso precise se transferir ao Real Madrid depois da Copa do Mundo, fará parte de um elenco estrelado, tricampeão da Liga dos Campeões, aos 18 anos.
"A esperança do Flamengo é que ele fique até a metade de 2019 ou pelo menos até o fim do ano, mas é difícil. O jogador é do Real Madrid. É uma decisão que cabe às três partes, mas sabemos que a tendência é ele ir", disse Carlos Noval, diretor-executivo do Flamengo em entrevista ao Globoesporte.com. Ele revelou um projeto de traçar um plano de carreira para que Lucas Paquetá vire ídolo do clube.
