Réver, zagueiro do Flamengo, durante treino - Gilvan de Souza/Flamengo
Réver, zagueiro do Flamengo, durante treinoGilvan de Souza/Flamengo
Por Vitor Machado

Rio - A derrota para o Cruzeiro, pela Libertadores, evidenciou um problema que, no Brasileiro, faz do Flamengo o oitavo colocado caso sejam considerados os jogos pós-Copa: a queda de rendimento do sistema defensivo. Se antes do Mundial a defesa era a segunda melhor da competição, passou a ser a 11ª se consideramos apenas os jogos após da retomada da temporada. Para voltar à liderança, o time comandado por Mauricio Barbieri precisa recuperar o equilíbrio a partir de domingo, contra o mesmo Cruzeiro, no Maracanã. 

A média de gols que o Flamengo sofre por jogo no  Brasileiro quase dobrou: subiu de 0,58 para 1. Antes da Rússia, em 12 partidas, levou 7, contra cinco em cinco compromissos depois da paralisação. 

Para piorar, Barbieri não contará com Renê e Cuéllar, suspensos. Os dois são os recordistas de desarme da equipe na temporada. Trauco deve entrar na lateral esquerda, e o paraguaio Piris, estreante, na proteção à zaga. 

“Piris tem um poder de marcação muito forte, boa saída de bola. Se for opção do Mauricio, vai nos ajudar muito. Tem nossa total confiança”, disse Réver, que analisou o desempenho recente da defesa, embora tenha elogiado a parceria com Léo Duarte: “Em relação aos gols sofridos, acredito que temos que melhorar um pouco a marcação, sermos mais agressivos. Quanto aos gols feitos, temos que escolher melhor a nossa decisão na finalização e até mesmo no passe.”

O setor ofensivo, como lembrou o zagueiro, também caiu de produção, embora de forma menos acintosa. Antes da Copa, o Flamengo possuía o segundo melhor ataque do Brasileiro, com 21 gols marcados em 12 jogos — média de 1,75 por partida. Nos cinco confrontos depois do Mundial, o time balançou a rede só sete vezes — 1,4 a cada duelo, quinto com mais poder de fogo no período. 

Ao somar o empate com o Grêmio pela Copa do Brasil às derrotas para o mesmo adversário, no Brasileiro, e Cruzeiro, na Libertadores, chega-se à pior sequência do Flamengo nesta temporada. Pela primeira vez, em 2018, o time amarga três partidas sem vencer — sofreu cinco gols e marcou apenas um.

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