
Rio - Em uma atividade fechada à imprensa, o Flamengo voltou a treinar ontem pela manhã no Ninho do Urubu, um dia após a reunião no MP-RJ em que se reforçou a interdição do local pela Prefeitura desde 2017. No dia 8, dez meninos morreram no incêndio no alojamento da base do centro de treinamento, na maior tragédia da história do clube. O Rubro-Negro alega que ainda não recebeu qualquer notificação e por isso segue o planejamento traçado. Hoje, o elenco está de folga e não haverá nenhum treinamento no CT.
Na sexta-feira, a promotora de Justiça do MP-RJ Ana Cristina Huth Macedo informou que, durante a reunião, a Prefeitura reforçou que o Ninho do Urubu estava interditado. A Prefeitura, que não enviou representante para a entrevista coletiva após o encontro, informou, por nota, que a a intervenção de outubro/17 continua em vigor e não há nova intervenção por parte dela.
O MP encaminhou para a Promotoria de Urbanismo uma notificação da prefeitura sobre o fechamento do Centro de Treinamento.
Na coletiva após o encontro de sexta-feira, o vice-jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunschee Abranches, o primeiro representante do Flamengo a responder perguntas sobre a tragédia, se irritou com os questionamentos e se retirou do local.
Na quarta-feira, a 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso determinou, por meio de uma liminar, a proibição da entrada, permanência e participação de crianças e adolescentes no Ninho do Urubu. Mas o Flamengo já havia suspendido as atividades para a base no CT por tempo indeterminado, usando as instalações do Ninho só para os jogadores profissionais.