Chegou a hora de Jorge Jesus e não é preciso milagre para ressuscitar o bom futebol do Flamengo. Após três semanas de trabalho árduo, o português estreia hoje no comando do Rubro-Negro e já terá pela frente um grande desafio: o Athletico-PR, às 21h30, na Arena da Baixada, no jogo de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil. A expectativa é ver o time com uma cara nova, com direito a mudança na formação, voltando a atuar com dois atacantes.
Afetado pelas trocas de Jesus, Bruno Henrique precisará se adaptar a uma nova função. Acostumado a jogar aberto na esquerda, ele formará a dupla de ataque com Gabigol, mas confessa que não é sua posição preferida.
"Já joguei nessa posição, com dois avançados. Tenho facilidade. Claro que não é a minha preferência, mas ele optou por mim, deu confiança, apresentou alguns pontos. Estou me doando ao máximo para fazer o que ele pede. Acho que vamos ter um ganho grande no ataque", disse Bruno Henrique, vice-artilheiro do Flamengo em 2019, com 13 gols, atrás de Gabigol (14).
A estreia de Jorge Jesus também marca a saída de peças muito contestadas do time titular. O lateral-direito Pará nem sequer embarcou para Curitiba e dará vaga a Rafinha, única contratação do clube durante a pausa para a Copa América. Willian Arão é outro que foi sacado, mas ficará no banco para a entrada de Arrascaeta. Com isso, Diego jogará mais recuado, como segundo volante. Vitinho também ganha uma chance na vaga de Everton Ribeiro, que se recuperou recentemente de uma lesão no calcanhar.
Além das mudanças táticas, o torcedor rubro-negro pode esperar uma nova postura da equipe em campo. Marca de Jorge Jesus, a intensidade é a tônica do seu trabalho no dia a dia, e o resultado já deve ser notado no jogo de hoje. A ideia é não repetir os erros da vitória por 3 a 2 sobre o Furacão, que marcou a despedida de Abel.
"O Jorge conseguiu ver os problemas que tivemos contra o Athletico. Vamos marcar sob pressão. Temos que ter intensidade na marcação. Todos vão ver que vamos correr um pouco mais. A velocidade da bola é maior lá. Todos vão marcar por setores", explicou Bruno Henrique.
