Mario Balotelli
 - Nice/Divulgação
Mario Balotelli Nice/Divulgação
Por Yuri Eiras

A Gávea e o Ninho do Urubu nunca foram lugar para futuros monges. Em sua história de 123 anos, o Flamengo sempre teve espaço reservado aos jogadores polêmicos, mas que resolviam em campo e, por isso, caíam nas graças da torcida e eram idolatrados. O italiano Mario Balotelli, alvo da diretoria para reforçar o ataque, parece cair bem na prateleira dos 'bad boys' rubro-negros.

Ontem, o vice de futebol Marcos Braz disse a jornalistas que conversou com o jogador por telefone e que espera um sinal positivo para ir até a Europa e fechar um acordo. O craque, que está sem clube, já recebeu o aval do técnico Jorge Jesus. A oferta do Flamengo seria de um contrato de dois anos, com salário de R$ 1,5 milhão por mês.

Em entrevista ao canal 'Fox Sports, na segunda-feira, o presidente Rodolfo Landim reconheceu que o Flamengo tem ídolos que driblavam o politicamente correto. "Sabemos dos problemas de comportamento (de Balotelli), mas, falando francamente, nós temos ídolos que não foram santos. Há jogadores que têm a cara do Flamengo", disse.

Desde os tempos do problemático Almir Pernambuquinho, que atuou entre 1965 e 1967, passando pelo mulherengo Doval, ídolo nos anos 1970, muitos rubro-negros alimentam a teoria de que o clube só conquista títulos quando têm 'quizumbeiros' no elenco.

A lista de bad boys se divide e já motivou até rap, em 1995, com os 'marrentos' Romário e Edmundo. Mas há também os 'Reis da Noite', Renato Gaúcho, Adriano e Ronaldinho, e os brigões, como Júnior Baiano, Fábio Baiano e Felipe Melo. Outros são aqueles sem papas na língua: Vampeta, Emerson Sheik, Edilson...

Balotelli parece se encaixar em qualquer categoria. Quando esteve afastado da Inter de Milão, em 2010, deu entrevista com a camisa do rival Milan. Em 2011, no Manchester City, 'brincou' de chutar de calcanhar na cara do gol e foi substituído. No mesmo ano, incendiou seu apartamento após soltar fogos no banheiro — saiu ileso. A doideira mais recente foi em julho: deu 2 mil euros (R$ 8.500) para um garçom se jogar no mar só de cueca, pilotando uma moto, na Itália.

 

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