Após jogada de Bruno Henrique, o zagueiro Al-Bulayhi faz contra o terceiro do Fla - Alexandre Vidal / Flamengo
Após jogada de Bruno Henrique, o zagueiro Al-Bulayhi faz contra o terceiro do FlaAlexandre Vidal / Flamengo
Por MARCELO BERTOLDO

Em dezembro de 2019, o Flamengo alimenta a esperança de repetir o roteiro de 1981, como pede o seu povo, de novo. A vitória por 3 a 1, de virada, sobre o Al Hilal, no Estádio Khalifa, em Doha, garantiu a vaga na final do Mundial de Clubes do Catar. Agora, o time espera Liverpool ou Monterrey, que decidem hoje, às 14h30, uma vaga na decisão. Independentemente do adversário, não será fácil colocá-lo na roda. Afinal, o Rubro-Negro teve que suar a camisa para confirmar a classificação, com mais uma atuação arrasadora e decisiva de Bruno Henrique, com participação nos três gols.

Último clube comandado por Jorge Jesus, o Al Hilal aprendeu as lições deixadas pelo português. Com jogadores como Cuéllar, Giovinco, Carrillo e Gomis, além do brasileiro Carlos Eduardo, a equipe saudita não deixou o Rubro-Negro jogar no primeiro tempo. O gol de Salem Al-Dawsari, aos 17 minutos, coroou a envolvente trama do Al Hilal.

A atuação abaixo do tom do Flamengo lembrou o nervoso e pouco inspirado primeiro tempo contra o River Plate, na final da Libertadores, em Lima. Quem estava arquibancada ou precisou driblar o horário do trabalho para acompanhar a semifinal, torcia pelo intervalo para Jesus corrigir os pecados cometidos.

As preces foram atendidas quase que imediatamente. Com uma nova postura, comportamental e tática, o Flamengo empatou com três minutos de jogo. Arrascaeta completou a bela jogada iniciada por Gabigol e a assistência de Bruno Henrique.

Seja superstição ou confiança em Diego, o Mister voltou a apostar no camisa 10. Assim como na vitória sobre o River, o apoiador substituiu Gerson e foi peça-chave na virada. Foi dele o passe que abriu a defesa e encontrou Rafinha. O cruzamento perfeito terminou com o gol do iluminado Bruno Henrique, aos 32.

A dupla Diego e Bruno Henrique funcionou. Aos 38, o camisa 10 tabelou com o atacante, que chutou cruzado para o gol contra de Al-Bulayhi. Garantido na final, o Flamengo foi o primeiro representante sul-americano a virar um jogo no Mundial de Clubes e exorcizou o fantasma que assombrou Internacional (2010), Atlético-MG (2013), Atlético Nacional (2016) e River Plate (2018). Trinta e oito anos depois, o sonho de ganhar o mundo de novo está vivo.

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