A temporada 2019 foi inesquecível para o time profissional do Flamengo, mas também para a categoria de base, que conquistou 27 títulos. O Sub-20 comemorou cinco: Taça Guanabara, Estadual, Torneio OPG, Brasileiro e Supercopa. Um dos responsáveis por essas conquistas foi o atacante Yuri César. Dono de multa rescisória de R$ 223 milhões e contrato até 2023, o jovem de 19 anos está sendo lapidado para que dê bons frutos.
O primeiro passo será dado: no dia sete de janeiro Yuri se apresenta ao time profissional para ser utilizado no Campeonato Carioca. Para conhecer ainda mais a promessa rubro-negra, a reportagem do jornal O Dia conversou por 30 minutos com o jogador. Dentre muitos assuntos, ele não escondeu o desejo: "Meu sonho é jogar com o Maracanã lotado."
Melhor ano desde que chegou ao Flamengo?
Foi um ano muito bom para nós, dentro do clube. Foi um ano muito bom para todos, tanto na base quanto no profissional. A gente viu o sucesso do time profissional e botamos na nossa cabeça que poderíamos fazer o mesmo na base.
Existe metodologia na categoria de base para jogar igual ao profissional?
Não existe, mas eles (time profissional) elevaram o patamar do clube. A chegada do Jesus mudou muita coisa. Não sei se foi por causa de Jesus, mas o Mauricio faz o mesmo trabalho com a gente.
Como é a sua relação com Jesus?
Muito boa. Quando vou treinar no profissional, ele exige muito. Ele pede para ser mais firme e ser mais simples. Ele pede para definir melhor as jogadas. Sempre procurar o melhor passe ou melhorar a finalização.
Qual é o seu sonho neste momento?
Jogar com o Maracanã lotado. Eu já estive lá (time profissional), no banco, mas infelizmente não entrei. Mas isso me deu uma vontade absurda de entrar em campo. É o que eu quero.
Você vai ser promovido ao time profissional em 2020. Acha que tem condições de ser titular?
Vou "subir", sim. Vou correr atrás disso. Trabalhar focado e sempre pensando nesse objetivo. Foi uma notícia muito boa. Eu fiquei muito feliz. Não só eu, mas a minha família também. Mais um passo dado na minha carreira.
E se o Flamengo quiser te emprestar?
Caso isso aconteça, eu vou continuar trabalhando. Se isso acontecer é porque algo não está certo. Focar em mim e buscar o melhor.
Você participou da transição da diretoria. Consegue destacar alguma mudança?
A tragédia do Ninho está perto de completar um ano. Ainda lembra deste fato?
Com certeza. Muitos do time já moraram em alojamento. Toda vez que a gente entra em campo, a gente pensa neles. É uma força a mais para ganhar.
Há pouco tempo você teve um problema no joelho e fez preparação especial. Como foi?