Dirigente do Flamengo explica motivo do clube ter recorrido de valor das pensões após tragédia no Ninho
Justiça determinou que o clube pagasse R$ 10 mil mensais às famílias das vítimas
Rio - Na semana em que a tragédia do Ninho do Urubu completa um ano, o Flamengo só conseguiu firmar acordo com três das dez famílias das vítimas. A Justiça determinou que, a partir de dezembro, o clube pagasse mensalmente uma pensão de R$ 10 mil a cada família. O Rubro-Negro, sem sucesso, chegou a recorrer da decisão.
Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, Rodrigo Dunshee de Abranches, vice geral e jurídico do clube, explicou o motivos que levaram o Flamengo a não concordar com o valor.
Publicidade
"Na ocasião conversamos muito com o presidente Landim. A decisão, a nosso ver contém inúmeros erros técnicos. Como me disse o presidente: não é uma questão de valor, é uma questão de princípio. A começar pela intervenção do Ministério Público, que não representa as famílias, ao invés disso, todas as famílias têm advogado e os seus direitos são individuais, assim a atuação do MP é uma atuação indevida. Além do mais, não foi pedida pensão mensal para as famílias, mas uma penhora de R$ 57 milhões. A decisão deu uma coisa que não foi pedida e isso tecnicamente é errado. O julgador não pode dar algo que não foi pedido", declarou Rodrigo.
O trágico incêndio no Ninho do Urubu, que vitimou dez jovens das categorias de base do Flamengo, completará um ano no próximo dia 8.