De cabeça, Bruno Henrique marcou o segundo gol do Flamengo - Gilvan de Souza
De cabeça, Bruno Henrique marcou o segundo gol do FlamengoGilvan de Souza
Por O Dia
Rio - Nem todo mundo gostou da Medida Provisória, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira, que dá os direitos de imagem das partidas de futebol aos clubes mandantes. Por meios das redes sociais, o vice-presidente do Atlético Mineiro, Lásaro Cândido da Cunha, mostrou sua insatisfação da participação do Flamengo na medida. Segundo ele, os trâmites deveriam ocorrer de forma coletiva.
"Em relação à Medida Provisória que foi publicada ontem (18), que causou um rebuliço no futebol brasileiro, e em relação ao direito de arena, especificamente, vamos trazer uma explicação rápida aqui. Primeiro a gente precisa explicar o que é a medida provisória. Medida Provisória é editada pelo presidente da República, tem validade de 60 dias e pode ser renovado por mais 60. O Congresso tem que aprovar por maioria simples. Não aprovada ela perde validade e o congresso tem que regular as relações jurídicas deste período", disse o vice-presidente do Galo.
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Ainda segundo o dirigente, não foi boa a atitude, de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, ao tratar dos interesses pessoais do clube sem ao menos consultar outras equipes. "O que causou estranheza foi a forma. O presidente do Flamengo foi para Brasília sem conversar com os clubes e conseguiu uma edição de uma Medida Provisória em desrespeito à coletividade dos clubes. Fez melhor o presidente Sérgio Sette Câmara, que foi conversar na comissão nacional dos clubes em relação a esse e outros assuntos. Em relação ao mérito, direito de arena ser comercializado pelo mandante ou não, a liberdade é sempre importante. Agora, essa liberdade tem que ser seguida com organização das equipes que participam da competição", afirmou.
"O Flamengo cometeu quase que uma traição, no mínimo um desrespeito, porque ele tem que tratar isso coletivamente. O Flamengo não joga sozinho. Nós temos que pensar no coletivo. O coletivo é muito importante e isso faltou", concluiu Lásaro Cândido.
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A MP altera a forma de negociação dos direitos de transmissão das partidas dos jogos disputados em território brasileiro. A medida prevê que as equipes mandantes são responsáveis por negociar as transmissões sem precisar do aval dos visitantes.