Eduardo Bandeira de Mello
Eduardo Bandeira de MelloRicardo Cassiano/Agencia O Dia
Por Venê Casagrande
Ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello será julgado pelo Conselho de Administração nesta quinta-feira (26) porque, segundo o parecer da comissão de inquérito do órgão, há uma denúncia contra o ex-mandatário, feita em maio, pelo grupo político "Vanguarda Rubro-Negra", liderado por Marcelo Varga, depois de o ex-presidente afirmar em entrevista ter "quase certeza" de que o incêndio no Ninho, que matou dez jogadores da base, não aconteceria se ele ainda fosse o presidente do clube.
Porém, os filhos de Bandeira, Fábio e Marcelo, que moram com o ex-presidente, testaram positivo para Covid-19. Pelo contato, o ex-mandatário também está em isolamento, como determinam as autoridades de saúde. Diante da situação, Fábio, que é o advogado do pai no processo do Conselho de Administração, requereu o adiamento. Até o momento, o presidente do CoAd, Bernardo Amaral, não se pronunciou sobre o pedido de adiamento.
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Vale ressaltar que, inicialmente, o julgamento aconteceria nesta segunda-feira (23), mas nesta data Rodolfo Landim e seus vices, que serão licenciados para assumirem suas cadeiras no Conselho de Administração, não poderiam votar pela punição. Todos estarão na Argentina, onde o Flamengo joga nesta terça-feira, contra o Racing, pela Libertadores.
Um outro fator que incomoda a defesa de Eduardo Bandeira de Mello é que o presidente da comissão de inquérito do órgão é primo de Rodolfo Landim. Enquanto a delegação foca no duelo com os argentinos, os corredores da Gávea estão em ebulição. Muitos aliados não concordam com a possível punição a Bandeira.
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Até porque, recentemente, Kleber Leite recebeu a honraria de Grande Benemérito, algo que incomodou a todos internamente. Uma lista contra a entrega da honraria ao ex-presidente e que será entregue ao Conselho Deliberativo está rolando pela Gávea e já conta com mais de 150 nomes.