Por Venê Casagrande
Rio - Os muros pichados da sede do Flamengo na Gávea com pedidos para que o Rubro-Negro acerte o retorno de Rafinha não devem alterar o panorama das negociações do clube carioca com o lateral. O Jornal O Dia entrou em contato com um dirigente do Rubro-Negro que foi perguntado sobre a possibilidade de conversar para chegar a um acordo. A resposta dele foi a seguinte: "É a mesma coisa que negociar um imóvel e não ter dinheiro para pagar"
O Departamento de Futebol ainda não recebeu a autorização do Departamento Financeiro (e do presidente Rodolfo Landim) para sacramentar a negociação.
Internamente, como já noticiado pelo Jornal O Dia, o retorno de Rafinha divide opiniões na cúpula rubro-negra. Uma grande parte da diretoria é contra a chegada do lateral-direito por entender que o clube não pode, com a queda de receita por conta da pandemia da Covid-19, assumir um custo tão alto que será para ter o experiente jogador novamente no elenco.
O argumento utilizado pelos membros da diretoria que são contra a contratação de Rafinha é que o atual titular da posição, Maurício Isla, já tem um custo altíssimo para os cofres rubro-negros, sendo o jogador da posição mais bem pago no futebol brasileiro. Só de salário na carteira (CLT), o Flamengo desembolsará mais de R$ 7 milhões no ano com o chileno.
O contra-argumento de quem é a favor da chegada de Rafinha é que Mauricio Isla desfalcará o Flamengo em muitos jogos em 2021 por conta de convocações para a seleção chilena. Mas, a justificativa, segundo uma fonte da reportagem, não foi bem aceita porque quando o jogador foi contratado isso já havia sido colocado na balança.
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