Léo Pereira comemorando gol na vitória do Flamengo sobre o BolívarPablo Porciuncula/AFP

Rio - Se a situação estava preocupante com o placar magro, Léo Pereira tratou de aliviar a tensão e marcou o segundo gol do Flamengo na vitória sobre o Bolívar aos 44 minutos do segundo tempo. O zagueiro, que sempre teve como destaque a participação no jogo aéreo, celebrou o tento anotado e destacou o trabalho diário para aperfeiçoar o fundamento, que, na sua visão, já estava incomodando por queda de desempenho.
"Acredito que a gente vem trabalhando muito forte nesta bola parada, não só defensiva como ofensiva também. O Matheus (Bachi, filho de Tite e auxiliar) passa os treinamentos para a gente aprimorar isso e colocar em prática no jogo. Pude cabecear duas bolas antes e estava até meio 'bolado' porque o aproveitamento normalmente é um pouco superior, então eu estava sentindo que eu podia dar mais na jogada de bola aérea e, graças a Deus, fui feliz. Fiz um gol, extravasei, porque essa energia para o torcedor é muito importante", disse Léo, em passagem pela zona mista do Maracanã.
O jogo aéreo foi o mais tentado pelo Flamengo, principalmente em um segundo tempo de impaciência e nervosismo na busca pelo segundo gol - ainda que sem Pedro, substituído por lesão na primeira etapa. Léo Pereira pontuou a importância de trabalhar em cima de uma boa arma do Rubro-Negro.
"A bola parada é uma coisa que vem nos incomodando, pois a gente vem sofrendo gols também. Precisamos trabalhar e mais forte ainda para que possamos não levar gols. Então a gente trabalha tanto a bola parada defensiva, com a bola ofensiva, para usufruir da melhor maneira."
Ponto de lamentação no Flamengo foram as baixas de Pedro e Gabigol, ambos por problemas musculares - o segundo, que entrou no lugar do centroavante, sentiu na reta final do jogo e deixou o gramado. Gerson, que também reclamou de dores, tranquilizou a torcida e já se colocou à disposição para a sequência. Léo abordou novamente sobre o calendário pesado do futebol brasileiro e revelou breve contato atualizando as situações da dupla de ataque. 
"O calendário aqui é maluco. A gente já tem jogo daqui 72 horas (contra o Botafogo) que é quase desumano. Acho que é o sexto ou sétimo jogo seguido meu, e realmente não dá tempo para se recuperar 100%. Eu acho que a gente teria que ver alguma forma de poder jogar uma vez por semana ou jogar menos partidas, porque isso com certeza atrapalha o jogador.
"Falei só com o Pedro no final jogo. Ele falou que ele já está voando e logo logo vai estar com a gente. Esperamos que ele possa estar bem, se recuperar o quanto antes pois é importante e o jogador mais decisivo dentro de campo. Ele nos ajuda muito. A gente perdeu recentemente o Cebolinha, o Viña. E agora a gente espera que não seja nada demais com esses jogadores que sentiram", concluiu.
O Flamengo joga na próxima quinta-feira (22), na altitude de 3.600m de La Paz, podendo perder por até um gol de diferença para ir às quartas de final da Libertadores. Antes, no domingo (18), há o clássico importante com o Botafogo, no Nilton Santos, valendo a liderança do Brasileirão.