Por fabio.klotz
Bahia - Campeão brasileiro em 2012, o Fluminense tem o último suspiro de esperança para não entrar na história como o primeiro clube a ser rebaixado um ano após conquistar o título. Só que, ao contrário de 2009, quando se livrou na última rodada, o time não depende só de si, o que aumenta o drama na Fonte Nova, às 17h. Em 18º lugar e precisando ganhar duas posições, o Tricolor tenta manter a tranquilidade mesmo sob pressão para buscar a vitória sobre o Bahia e torcer por tropeços de Vasco e Coritiba.
Diego Cavalieri vai atuar no sacrifícioAndré Mourão / Agência O Dia

Se na qualidade é complicado esperar algo, a vontade pode contribuir na fuga do rebaixamento. E o espírito do que restou do "Time de Guerreiros" de outrora pode ser simbolizado por Diego Cavalieri. Mesmo sentindo dores no polegar da mão esquerda - sofreu profundo corte no local e está jogando com sete pontos -, o goleiro, que não tirou as luvas para dar entrevista, vai para o sacrifício.

“Vamos jogar por nós, pelo clube, pela camisa de tanta tradição e pelos torcedores, que são o nosso combustível e são os que mais sofrem com essa situação. Vamos entrar com muita dedicação e empenho não vai faltar. Queremos sair de campo com a cabeça erguida, com a consciência de que lutamos para fazer o nosso resultado. O resto é consequência”, afirmou.
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O camisa 12 não pensa em rebaixamento, apesar de saber que não vai ser fácil o objetivo: “O único pensamento é permanecer, mas temos a consciência de que é uma situação delicada. Temos que fazer a nossa parte para mantermos o sonho de permanecer. Se não fizermos e os outros resultados acontecerem, será bem pior. Mas ninguém do grupo está falando em Série B. Quando acabar, veremos o nosso destino. Se permanecermos, todos ficarão muito felizes e, caso não aconteça, temos que seguir de cabeça erguida, com a consciência de que lutamos.”
O discurso moderado de Cavalieri ao não garantir que o Fluminense se livrará da queda se deve ao fato de o clube não depender apenas de si. A preocupação com Vasco e Coritiba fará parte do duelo com o Bahia, assim como uma característica do futebol brasileiro que o goleiro critica: “Conhecendo a nossa cultura, sei que vai ter atraso de todos os lados, com jogos demorando para começar e aquela bagunça danada. Mas temos que fazer a nossa parte em campo.”