Por fabio.klotz

Rio - Quando o sentimento transborda, a boca apenas dá vazão. Vice de futebol do Fluminense e torcedor apaixonado, Mário Bittencourt pediu o microfone, nas Laranjeiras, para defender o planejamento do clube. Alternando entre contido e agitado, soltando palavrões, ele garantiu a permanência do técnico Enderson Moreira, explicou a ausência de Ronaldinho do clássico de domingo e disparou contra o péssimo momento do time no Brasileiro: “Estou p... pra c...”.

Mário Bittencourt mostra insatisfação com momento%2C mas também acredita na recuperação do Fluminense Nelson Perez / Fluminense F.C. / Divulgação

Mário ficou à beira do gramado, ao lado do treinador, por quase toda a atividade. O papo informal entre eles buscava justificativa para a queda de rendimento que culminou com a quarta derrota consecutiva no Brasileiro.

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“Atribuímos a uma série de fatores. Alguns, identificamos. Outros, não. Obviamente que não estamos satisfeitos. Alguns jogadores chegaram no meio do campeonato, tivemos série de lesões... Quantas vezes repetimos a equipe? Sabíamos que seria complicado. Estamos lutando. Tentando colocar o trem no trilho”, disse, otimista.

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O dirigente deixa claro que ninguém está satisfeito e cobra atenção com os próximos dois jogos, contra Coritiba e Sport: “Ver o Fluminense perder (me aborrece). Sou vice de futebol e torcedor. Ninguém gosta de ver o seu time perder. Todo mundo está p... Todo mundo quer reencontrar o caminho das vitórias.”

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Um voto de confiança foi dado a Enderson Moreira e o dirigente garante que não há prazo de validade. Segundo Mário, o trabalho é bom, o treinador tem liberdade para escalar a equipe e só não haverá continuidade se o próprio treinador não quiser.

“Vou falar pelo Fluminense: Enderson fica. Não posso falar por ele. Pelo Flu, ele continua até o fim do ano”, afirmou.

Fora do clássico por causa de uma virose, Ronaldinho foi assunto na entrevista e nem sequer foi ao clube. O jogador ligou avisando que estava sentindo dor de garganta e nem viajará com o grupo para o jogo desta quarta-feira. Mário prefere não avaliar se cabia esforço do craque para atuar.

“Esse critério é subjetivo. Tem de perguntar a ele, e não a mim. Ele apresentou um problema de saúde. Se o jogador entende que não tem condições, não tem condições”, limitou-se a dizer.

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