Por pedro.logato

São Paulo - O Palmeiras não desistiu de contar com o atacante Richarlison, do Fluminense. Após o presidente do clube carioca, Pedro Abad, decretar na última sexta-feira que não haveria mais conversas entre as diretorias pelo jogador, a equipe paulista prepara uma nova proposta. O valor ofertado deve ser de 12 milhões de euros, cerca de R$ 44,3 milhões pelo atleta de 20 anos.

Os novos contatos entre os clubes vão se intensificar nos próximos dias. Fontes ligadas ao Palmeiras consideram como provável o desfecho da negociação. O time quer contar com o atacante para repor as saídas de Alecsandro, ao Coritiba, e Rafael Marques, ao Cruzeiro, além de acreditar no potencial de revenda de Richarlison pela pouca idade do atacante.

Destino de Richarlison ainda pode ser o PalmeirasLucas Merçon / Fluminense/ Divulgação

O técnico Cuca comentou sobre a possível negociação neste sábado, pouco após a vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador lamentou a negativa dos cariocas e sinalizou que para se chegar ao valor, a proposta pode incluir jogadores na troca. "Sei que os clubes se dão bem. Tem uma boa relação. Então, se conseguir se chegar a um denominador comum, acertar o que bom para um, bom para outro, fica todo mundo muito bem", comentou.

Caso as conversas avancem e Richarlison feche com o Palmeiras, o jogador se tornará a mais cara contratação da história do clube. A marca pertence atualmente ao colombiano Miguel Borja, que chegou em fevereiro por R$ 35 milhões do Atlético Nacional, da Colômbia. O time paulista fez outra proposta anterior pelo atacante do Fluminense, que por causa desse interesse, pediu para não jogar neste sábado.

TREINADORES COMENTAM

Cuca e Abel Braga, o treinador do Fluminense, lamentaram a polêmica dos dias anteriores sobre a tentativa do clube paulista de contratar Richarlison. Eles avaliaram que a negociação foi atrapalhada por empresários.

Na sexta-feira, o atacante de 20 anos pediu ao técnico do Fluminense, Abel Braga, para não jogar, pois estava em negociação com o Palmeiras. "Ele não jogou, nós perdemos, e isso não fez falta nenhuma", disse Abel em entrevista coletiva.

O treinador do time carioca explicou que acatou o pedido do atacante para não jogar por preferir escalar quem está focado nas partidas. "Não acho que ele agiu pela da consciência dele. O futebol hoje é muito manipulado. É muito empresário para um jogador. Com ele são três. Os caras também têm que ensinar, têm que ter conduta. Os caras só pensam em causa própria", criticou

A queixa do Fluminense é que a negociação foi feita diretamente entre Palmeiras e o jogador, sem a devida consulta ao clube. "Não me surpreendo com o governo do meu país. Não me surpreendo com o governo do meu estado. Vou me surpreender com empresário e dirigente?", afirmou Abel. Richarlison tem sido titular do time e já marcou dois gols no Brasileirão.

Já Cuca revelou que nas últimas semanas as duas diretorias já se falavam sobre a negociação. "O Abel foi meu treinador. Ele é um cara sério. Expliquei para ele que o Palmeiras fez tudo o que podia, com contato de diretoria para diretoria. Se os empresários fizeram algo de errado, são eles que precisam ser cobrados", comentou.

Cuca disse compreender a revolta do colega. "Ele busca o interesse do time que ele trabalha, eu no lugar dele estaria igual a ele, brabo. Não estaria diferente. Fica sabendo um dia antes que o jogador tem proposta de outro clube e aí você não pode escalar? É complicado", afirmou o treinador do Palmeiras.

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