Por jessyca.damaso

Rio - Se não bastassem a crise financeira e a juventude do elenco, o Fluminense terá de conviver com a forte pressão da torcida na luta contra o rebaixamento. Recepcionados por cerca de 30 integrantes de uma organizada no desembarque ao Rio, domingo à noite, os jogadores terão que digerir o protesto e se preparar para a reta final decisiva. A um ponto do Z-4 do Brasileiro, o Tricolor precisará conquistar mais 16 pontos em 12 jogos para se garantir na Série A sem sustos.

Apesar do jejum de cinco jogos sem vencer, Abel Braga tenta manter a serenidade Nelson Perez/ Fluminense F.C. / Divulgação

Com a disputa acirrada na parte de baixo da tabela, o matemático Tristão Garcia diz que 47 pontos dão margem de segurança na fuga do rebaixamento. Para isso, o Fluminense precisaria de cinco vitórias sendo que durante todo o campeonato só conquistou sete, mesmo número que o lanterna Atlético-GO e mais um empate.

Há cinco rodadas sem vencer, o Tricolor terá que melhorar seu aproveitamento, que atualmente é de 39,7%, para 44,4%. "O Fluminense vive seu pior momento no campeonato, mas pegou adversários difíceis. Agora, terá sequência mais tranquila", analisou Tristão.

Tudo isso em meio à pressão que só aumenta e testará o jovem elenco tricolor. Entre os jogadores, Wendel foi o principal alvo do protesto no Santos Dumont, enquanto Henrique Dourado foi poupado. O presidente Pedro Abad, o mais xingado, exaltou-se e discutiu com alguns torcedores, garantindo que o time não cairia. Sobrou para Abel Braga tentar acalmar os ânimos e ganhar apoio. Tudo sob olhares de jogadores atônitos.

Horas antes, o treinador havia pedido o apoio da torcida: "É o momento de abraçar a equipe porque estamos fechados para tirar o Fluminense dessa situação."

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