Rio - Em baixa com a torcida no fim do ano passado, Gum precisou ficar parado durante quase todo 2017 para ter o merecido reconhecimento. Bicampeão brasileiro, o zagueiro, enquanto se recuperava de duas cirurgias no pé direito, passou a ser apontado como a solução para melhorar a defesa que levava muitos gols. E nos poucos mais de 120 minutos em que atuou nesse retorno aos gramados vem fazendo jus à esperança tricolor: com ele em campo, o Fluminense não levou gol.
Sem jogar desde novembro de 2016, Gum ainda não conseguiu completar uma partida. Mas a evolução física foi grande. Depois de 43 minutos no Fla-Flu, o zagueiro jogou 83 minutos contra o Avaí. E, nesse dois jogos, o Fluminense só levou gol no clássico de quinta-feira, quando o zagueiro já havia sido substituído.
"No futebol, todo dia você tem que provar algo. Eu mato uns 10 leões por dia (risos). Com trabalho, dedicação e respeitando os companheiros com humildade. Depois de toda dificuldade, aconteceu. Desistir nunca, jamais. Sempre acreditar e fazer o melhor", disse.
Escalado no Fla-Flu para dar experiência ao jovem grupo num momento de muita pressão, Gum tem buscado ajudar os companheiros desde quando estava em recuperação. E hoje sua história no Fluminense serve de exemplo para Nogueira, vaiado antes de entrar contra o Avaí: "Já conversei com ele sobre outras coisas. Nossa posição é difícil, tem que ser homem para jogar ali porque você não pode errar. A verdade é essa. Infelizmente, o reconhecimento é muito mais visto por quem faz gol. Tem que ter confiança para jogar. Ele vai se recuperar. Tem que ter alegria, gratidão. É o que eu faço."