Rio - Se o ataque tricolor é um dos melhores do Brasil, sendo um dos poucos a alcançar a marca centenária nesta temporada, não se pode dizer o mesmo da defesa. Com 91 gols sofridos em 71 partidas, o Fluminense tem um de seus piores desempenhos defensivos neste século.
Como ainda faltam quatro rodadas para o fim do Brasileiro, e o time de Abel Braga costuma sofrer pelo menos um gol por jogo, são grandes as chances de o Fluminense terminar 2017 com a quinta defesa mais vazada desde 2001. Para isso, basta levar mais três gols para superar 2009 (93 em 74 jogos), e só ficará atrás em números absolutos das campanhas entre 2002 e 2005, quando o Tricolor levou mais de 100 gols em cada temporada.
De qualquer maneira, se superar o ano de 2009, quando quase foi rebaixado no Brasileiro, o Fluminense já terá uma marca negativa: a de maior número de gols sofridos nos últimos 10 anos.
O desempenho defensivo muito ruim só não fica pior na média de gols sofridos. Atualmente com 1,28, o Fluminense de 2017 é melhor do que os anos de 2011 (1,3), 2006 (1,4), 2005 (1,45), 2004 (1,48), 2003 (1,43) e 2002 (1,37).
E o alto número desta temporada tem um grande vilão: os cruzamentos para a área. Falha crônica do Fluminense desde as primeiras partidas do Estadual, essa situação de jogo contribuiu para 40 dos 91 gols que levou. E o próprio Abel Braga não sabe o motivo de tamanho problema nas jogadas de bola parada.
"Não sei explicar, nós treinamos. Realmente está um índice muito alto, não tenha dúvida. É um fator que tem que melhorar. Contra o Coritiba (empate em 2 a 2), eu tinha uma noção dessa situação, porque estava jogando sem o Richard. No próximo jogo será o Léo e devo manter o Marlon Freitas... A gente já fica com uma equipe com uma estatura diferente", explicou Abel, esperando que jogadores mais altos evitem mais gols sofridos em cruzamentos para a área.