Oswaldo de Oliveira: fora do Flu - LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE
Oswaldo de Oliveira: fora do FluLUCAS MERÇON/ FLUMINENSE
Por HUGO PERRUSO

As duas vitórias, sobre Fortaleza e Corinthians, deram ao torcedor uma falsa sensação de melhora, mas os números do Fluminense apontam o contrário. Apesar da promessa de Oswaldo de Oliveira de tornar o time mais seguro sem mudar as suas características, os jogadores seguem perdidos na nova filosofia de trabalho. Como resultado, nos últimos três jogos, além de seguir frágil defensivamente — levou seis gols —, o Tricolor não consegue mais criar chances e só marcou uma vez.  

Foram apenas cinco finalizações certas, de acordo com levantamento do Footstats: duas contra o Goiás, outras duas diante do Corinthians e somente uma no duelo com o Palmeiras. Chances reais, apenas um chute de Allan, no último domingo, e outro de Nenê, contra os palmeirenses. O gol de Ganso foi num frango do goleiro corintiano Cássio. Em comum, os três foram em conclusões de fora da área.

A enorme dificuldade de o Fluminense chegar à área adversária vem desde o início de trabalho de Oswaldo. Tanto que, em seis jogos com o treinador, a equipe marcou só três vezes: Pablo Dyego de cabeça, após cobrança de falta, João Pedro, depois de cruzamento e ajeitada de Nenê, e em chute de fora da área de Ganso. Para completar, com Oswaldo, o Fluminense só finalizou mais do que o adversário na derrota por 1 a 0 para o Avaí. Muito pouco para um clube que precisa vencer metade dos jogos no returno do Brasileiro para fugir do rebaixamento.

"É uma circunstância. Eu não programo que o time não chute. Pelo contrário. A gente trabalha muito essa situação. Aconteceu de chutar muito em outros jogos", afirmou o treinador após a derrota por 3 a 0 para o Goiás.

 

Oswaldo outra vez na berlinda
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A pressão sobre Oswaldo de Oliveira é novamente grande no Fluminense. De volta à zona de rebaixamento — tem 55% de risco, segundo o matemático Tristão Garcia — e sem boas atuações, já há movimento de conselheiros pela troca no comando para tentar salvar o ano. Inclusive, há quem defenda um retorno de Fernando Diniz, demitido há um mês por pressão do vice geral, Celso Barros.
Em situação delicada, Oswaldo terá uma semana decisiva, com dois jogos no Maracanã, contra Santos e Grêmio. "Tem situações que a gente não consegue resolver com um mês de trabalho. A falta de tempo atrapalha até a conhecer melhor os jogadores. Precisamos pelo menos revitalizar a confiança do grupo", disse o técnico.
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