As duas vitórias, sobre Fortaleza e Corinthians, deram ao torcedor uma falsa sensação de melhora, mas os números do Fluminense apontam o contrário. Apesar da promessa de Oswaldo de Oliveira de tornar o time mais seguro sem mudar as suas características, os jogadores seguem perdidos na nova filosofia de trabalho. Como resultado, nos últimos três jogos, além de seguir frágil defensivamente — levou seis gols —, o Tricolor não consegue mais criar chances e só marcou uma vez.
Foram apenas cinco finalizações certas, de acordo com levantamento do Footstats: duas contra o Goiás, outras duas diante do Corinthians e somente uma no duelo com o Palmeiras. Chances reais, apenas um chute de Allan, no último domingo, e outro de Nenê, contra os palmeirenses. O gol de Ganso foi num frango do goleiro corintiano Cássio. Em comum, os três foram em conclusões de fora da área.
A enorme dificuldade de o Fluminense chegar à área adversária vem desde o início de trabalho de Oswaldo. Tanto que, em seis jogos com o treinador, a equipe marcou só três vezes: Pablo Dyego de cabeça, após cobrança de falta, João Pedro, depois de cruzamento e ajeitada de Nenê, e em chute de fora da área de Ganso. Para completar, com Oswaldo, o Fluminense só finalizou mais do que o adversário na derrota por 1 a 0 para o Avaí. Muito pouco para um clube que precisa vencer metade dos jogos no returno do Brasileiro para fugir do rebaixamento.
"É uma circunstância. Eu não programo que o time não chute. Pelo contrário. A gente trabalha muito essa situação. Aconteceu de chutar muito em outros jogos", afirmou o treinador após a derrota por 3 a 0 para o Goiás.