Ponto forte na primeira parte da temporada, os atacantes passaram a ser um problema no Fluminense. Se não bastasse a troca de comando e a perda de três nomes importantes, a má fase dos atuais jogadores do setor contribuiu para a queda de rendimento. Na briga contra o rebaixamento, o Tricolor precisará nesta reta final de Campeonato Brasileiro que o ataque volte a ser decisivo. De preferência, começando hoje contra a Chapecoense, às 19h30, no Maracanã.
Artilheiro do Fluminense na temporada, com 16 gols, Yony fez apenas um em 16 jogos. Já João Pedro, que marcou 10, só balançou a rede uma vez nas últimas 20 em que esteve em campo. Wellington Nem, Guilherme, Lucão, Ewandro e Brenner ainda estão em branco, enquanto Marcos Paulo e Pablo Dyego têm apenas um gol cada.
O aproveitamento ruim dos atacantes não foi sempre assim. Sob o comando de Fernando Diniz, contando o Carioca, os homens de frente foram responsáveis por 51 dos 71 gols do Fluminense (71,8%). Entretanto, com Oswaldo de Oliveira e Marcão, olíndice caiu para 30%: apenas Pablo Dyego, João Pedro e Yony marcaram nas dez vezes em que o time balançou redes.
Outro fator que contribuiu para a queda ofensiva foi a saída de peças importantes. Luciano era o artilheiro na temporada, com 15 gols, até ir para o Grêmio. Ambos com cinco gols, Pedro (Fiorentina) e Everaldo (Corinthians) também deixaram o clube.
E, com os atacantes em má fase, a responsabilidade pelos gols está sendo dividida: os meias Nenê (duas vezes), Ganso, Danielzinho, o zagueiro Frazan e o lateral Caio Henrique marcaram (além de um gol contra de Lucas Veríssimo, do Santos).
Para tentar mudar esse panorama, Marcão avalia nova formação no ataque. Ele confirmou que testou Marcos Paulo, que vinha tendo poucas chances, no lugar de Ganso, deixando Yony como referência no ataque e João Pedro na reserva. Entretanto, o treinador não confirmou a escalação sem o camisa 10.
"Marcos é um jovem talentoso, está treinando muito bem. Vamos ver qual será a nossa melhor formação e confirmaremos", disse Marcão, defendendo Ganso: "Ele está entregue ao clube e ao processo. Vai contribuir sempre. Se jogar ou não, vai continuar pensando no Fluminense".
