Marcos Paulo  no treino do Fluminense - LUCAS MERÇON / FLUMINENSE
Marcos Paulo no treino do FluminenseLUCAS MERÇON / FLUMINENSE
Por HUGO PERRUSO

Xodó da torcida e tido por muitos tricolores como esperança de gols, Marcos Paulo não parece contar com o mesmo prestígio com o técnico Odair Hellmann. Pelo menos em relação à participação em campo. Tanto que a promessa de Xerém tem sido constantemente substituída ao longo dos jogos.

Desde o retorno do futebol após a paralisação por causa da covid-19, Marcos Paulo foi sacado em todas as oitos partidas que começou jogando (no 0 a 0 com o Botafogo ficou no banco e só entrou na parte final). Não é de agora: antes da pandemia, o jogador só havia disputado 90 minutos três vezes.

Além disso, Marcos Paulo, que participou de dois dos quatro gols do time, foia primeira opção de substituição por seis vezes pós-paralisação. Consequentemente, o atacante de 19 anos ficou em campo por 521 minutos, numa média de quase 58 minutos por jogo. Questão física e de ritmo podem se juntar a opção tática e técnica, mas não são determinantes. 

Como comparação, Nenê, de 39 anos, disputou uma partida a menos (não pegou o Volta Redonda por estar recuperando-se da covid-19) e mesmo assim ficou em campo por 626 minutos (média de 78 minutos). Pesa a seu favor, além da experiência, ser o responsável pelas jogadas de bola parada, mesmo quando não está em grande dia, como contra o Grêmio (foi quem mais errou passes, segundo o site Sofascore).

Os dois jogadores, inclusive, ganharam novo posicionamento no esquema atual, caindo cada um por um lado do campo para ajudar na marcação, podendo cair pelo meio ao atacar. Entretanto, ambos ainda não encontraram o melhor futebol. O jovem tem lampejos, como o passe para Evanilson contra o Grêmio ou a assistência contra o Botafogo. Já o mais experiente, artilheiro do time em 2020 (9 gols), ainda não marcou ou deu assistência na nova função.

"Nenê não é ponta, tem toda liberdade como meia para jogar entre as linhas, dar profundidade ao lateral. Todos os movimentos que são treinados são feitos 95% entre linhas, para jogar mais nas costas dos marcadores do que de ponta. Da mesma forma o Marcos Paulo do outro lado", explicou Odair Hellmann.

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