Calegari - Lucas MerÇon / FLUMINENSE
CalegariLucas MerÇon / FLUMINENSE
Por HUGO PERRUSO
Pé quente, Lucas Calegari tem um retrospecto de invejar no seu início como profissional do Fluminense: em três jogos como titular, três vitórias e nenhum gol sofrido. Mais do que os números, o desempenho do jovem de 18 anos tem chamado a atenção numa função aprendida há apenas dois anos, quando deixou de ser apenas volante para também virar lateral-direito, um trunfo para ter oportunidades na equipe principal.
Coube ao então técnico do sub-17, Marcelo Veiga, seguir a sugestão das Coordenações Metodológica e Técnica de Xerém. Um dos coordenadores era Eduardo Oliveira, que viria a assumir a equipe logo depois,para seguir com a aposta pela lateral, em 2018. Atualmente no comando do sub-20, Eduardo utilizou Calegari na direita, até por contar com André, Martinelli, Wallace e Everton, que eram um ano mais velhos, como volantes.
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"Calegari foi avaliado no final do sub-15 em uma reunião nossa como potencial lateral direito pelas características. Havia uma carência na posição e Marcelo Veiga começou a jogar esse plano de ação,depois consolidei. Ele teve uma oportunidade muito boa e conseguiu evoluir bastante, o que lhe permitiu ser observado nos juniores", recorda Eduardo, que vê potencial para o ex-comandado crescer mais.
"É muito dedicado, atento às informações e quer aprender o tempo todo. Não me surpreende saber jogar tanto de lateral como volante. Torço muito por ele, é um garoto com tudo para ter uma carreira de muito sucesso".
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Polivalente, Calegari já foi convocado para as seleções sub-17 e sub-20 como volante e como lateral. Mas chegou ao Fluminense com 12 anos como meia-atacante. "Não sabia marcar. O técnico Leonardo Ramos conversou comigo e falou que ia me utilizar como primeiro volante. Todos os dias ele me ensinava posição de corpo, pressão na bola", recorda.
A chegada aos profissionais foi pelo meio de campo, mas como lateral-direito Calegari recebeu a primeira chance,no amistoso com o Botafogo, quando foi titular. No duelo seguinte, o jogador entrou no segundo tempo como volante. Agora, voltou para o lado direito, com boas atuações contra Athletico-PR e Figueirense.
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"Ser volante me ajuda muito na parte defensiva e também sou um jogador de muita chegada ao ataque. Na lateral ainda está faltando um pouco disso, mas aos poucos estou desenvolvendo e vai sair com mais naturalidade", avisou o jovem jogador, que conta com a ajuda dos mais experientes. "Ganso e Muriel falam muito comigo. Todos me ajudam a entrar mais leve, confiante. Além dos mais rodados, Marcos Paulo, Evanilson e Miguel também dão conselhos, além da resenha".