Em noite inspirada, Nenê teve uma participação ativa na vitória sobre o Cerro PorteñoLucas Merçon/Fluminense

Assunção - Valeu a pena esperar, torcedor tricolor. Após um mês e meio, o Fluminense voltou a ação na Libertadores com uma dominante atuação na vitória por 2 a 0 sobre o Cerro Porteño, nesta terça-feira, no La Nueva Olla, em Assunção. Com gols de Nenê e Egídio, o Tricolor conquistou uma importante vantagem no primeiro confronto pelas oitavas de final da Libertadores. Na próxima terça-feira decide, às 19h15, no Maracanã, a vaga nas quartas.
Com os desfalques de Nino, a serviço da seleção olímpica, Martinelli, suspenso, e Fred, vetado pelo departamento médico, Roger Machado confirmou Manoel, André e Abel Hernández como os substitutos no confronto com rostos conhecidos do lado paraguaio: o goleiro Jean, ex-Bahia, São Paulo e Atlético-GO, e os atacantes Matheus Gonçalves, que teve uma apagadíssima passagem pelas Laranjeiras em 2019, e Boseli, ex-Corinthians. 
Publicidade
Na ausência de Fred, que se recupera de uma lesão na coxa direita, Nenê não se limitou a função de municiar Hernández, que, recuperado de um incômodo no calcanhar direito, voltou a ser opção depois de três jogos ausente. Em sintonia com Caio Paulista, Nenê aproveitou a assistência para testar Jean, que fez a primeira grande defesa no início do jogo.
A vontade, o Fluminense, bem postado defensivamente, conseguiu controlar as investidas do Cerro Porteño e levar perigo no contra-ataque. E foi assim que Abel Hernández quase abriu o placar após o cruzamento rasteiro de Gabriel Teixeira. Com uma marcação mais alta, o Tricolor teve na rápida transição um importante trunfo, mas a bola insistia em não entrar, como na cobrança de falta de Nenê, que explodiu na trave.
Publicidade
O Cerro demorou, mas reagiu com perigo no fim do primeiro tempo. Nas duas oportunidades com Boseli. Marcos Felipe fez grande defesa para evitar o primeiro gol, mas contou com a polêmica intervenção da arbitragem no gol anulado do atacante argentino.
Com Luiz Henrique no lugar de Gabriel Teixeira, Roger Machado apostou mais no papo do intervalo do que na troca de peças para corrigir os problemas diagnosticados e busca a vitória em Assunção. Depois do bate-rebate na área, Caio Paulista rolou a bola como um verdadeiro pivô para Nenê encher o pé e acertar o canto esquerdo de Jean para abrir o placar, aos três minutos. Vale destacar que o contra-ataque em alta velocidade foi iniciado por Luiz Henrique.
Publicidade
Mesmo atordoados, os paraguaios tentaram reagir. Aos oito, Espínola desperdiçou uma chance clara para empatar. E o gol perdido fez muita falta, pois, aos 15, Egídio aproveitou a sobra de uma disputada por Caio Paulista para acertar uma bomba, que tocou no travessão antes de entrar: 2 a 0. Foi o primeiro gol do lateral-esquerdo em 63 jogos com a camisa tricolor.
Com o controle do jogo, Roger Machado decidiu preservar Nenê e Abel Hernández e apostou na entrada de Cazares e Lucca. O apoiador equatoriano, de cabeça, quase aumentou a vantagem. Caio Paulista, peça-chave na vitória parcial, também uma chance para marcar, mas chutou para fora.
Publicidade
CERRO PORTEÑO X FLUMINENSE
Local: La Nueva Olla
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Gols: 2º tempo - Nenê (3 minutos) e Egídio (15 minutos)
Cartões amarelos: Duarte
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

Cerro Porteño: Jean, Espínola (Romero), Duarte, Delvalle e Alan Rodríguez; Carrascal (Bobadilla), Villasanti, Mateus Gonçalves (Giménez) e Aquino; Morales (Martínez) e Boselli (Fariña). Técnico: Francisco Arce

Fluminense: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Egídio; André (Wellington), Yago Felipe e Nenê (Cazares); Gabriel Teixeira (Luiz Henrique), Caio Paulista (Kayky) e Abel Hernández (Lucca). Técnico: Roger Machado