Isolado, Fred não teve espaço no combate com a eficiente marcação imposta pelo CriciúmaMailson Santana/Fluminense FC

Criciúma - Mascote do Criciúma, o Tigrão, para muitos torcedores, poderia ser substituído pela zebra no confronto com o Fluminense. Na elite, o Tricolor, mesmo com a sequência de duas derrotas no Campeonato Brasileiro, não confirmou o favoritismo contra o adversário que disputa a Série C e pagou com mais uma derrota, dessa vez por 2 a 1, a pobre atuação na noite desta terça-feira, no Heriberto Hülse, no primeiro duelo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O decisivo jogo de volta será no sábado, às 16h30, no Maracanã.
O Fluminense não fez jus ao favoritismo no confronto. A atuação no primeiro tempo foi sofrível. Apático, o Tricolor teve mais posse de bola, mas praticamente não ameaçou o goleiro Gustavo. Com 42 passes errados, o Tricolor não conseguiu se impor.
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Com o prêmio de R$ 3,450 milhões em disputa pela classificação às quartas de final, o Criciúma, com plena consciência de suas limitações técnicas, se fechou bem. Nenê teve pouco espaço para municiar Luiz Henrique, novidade no lugar de Caio Paulista, machucado, e Gabriel Teixeira. Pior para Fred, isolado e anulado pela dupla de zaga do Tigre.
Com uma estratégia definida, o Criciúma foi mais incisivo quando atacou e contou com a sorte na finalização de Eduardo, que desviou em Hygor, traindo o goleiro Marcos Felipe: 1 a 0, aos 39. O gol foi um prêmio à iniciativa dos donos da casa, mas a bola perdida por Martinelli e Gabriel Teixeira, na sequência, na intermediária deu origem à fatídica jogada.
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A inquietude de Roger Machado à beira do gramado, pontuada com broncas aos berros, indicou que o bate papo no intervalo não foi suficiente para 'arrumar a casa'. Com o posicionamento mais adiantado, o Tricolor voltou mais disposto, mas longe de ser brilhante. Mais exposto, deixou espaço para o contra-ataque.
Na estreia do VAR na competição, o árbitro Caio Max Augusto Vieira confirmou o pênalti de Egídio sobre Dudu. Com categoria, Felipe Mateus deslocou Marcos Felipe para ampliar a vantagem, aos 20 minutos. A reação do comandante tricolor foi imediata com a tripla mexida. Ganso, Matheus Martins e Abel Hernández entraram no lugar de Nenê, Luiz Henrique e Fred.
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Sem a intervenção do VAR, o árbitro marcou um pênalti para lá de duvidoso de Hélder sobre Luccas Claro. Alheio à polêmica, Abel Hernández, com categoria, diminuiu o prejuízo: 2 a 1, aos 25. A expectativa de reação, no entanto, não se confirmou e o Tigre encerra o jejum de sete anos no confronto. A última vitória, o atual técnico, Paulo Baier, ainda atuava dentro das quatro linhas e marcou dois gols no triunfo por 3 a 2 pelo Brasileiro de 2014.
CRICIÚMA X FLUMINENSE
Local: Heriberto Hülse
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Gols: 1º tempo - Hygor (39 minutos). 2º tempo - Felipe Mateus (20 minutos)
Cartões amarelos: Marcel, Gustavo; Egídio
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

Criciúma: Gustavo, Alemão Teixeira, Rodrigo, Marcel e Hélder; Dudu Vieira, Arilson (Dudu), Eduardo e Felipe Mateus (Jessé); Hygor (Gabriel) e Marcão (Warley). Técnico: Paulo Baier

Fluminense: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Egídio; Martinelli, Yago (John Kennedy) e Nenê (Ganso); Luiz Henrique (Matheus Martins), Gabriel Teixeira (Kayky) e Fred (Abel Hernández). Técnico: Roger Machado