Nino, do FluminenseLucas Merçon/Fluminense

Um dos jogadores do Fluminense que mais se pronuncia sobre pautas contra a intolerância - chegou a usar o número 24 em ação de apoio à comunidade LGBTQI+-, Nino criticou os casos de racismo e de homofobia que aconteceram na arquibancada do Nilton Santos no Fla-Flu. O zagueiro elogiou a postura da diretoria tricolor de solicitar a abertura de inquérito no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) para apurar o torcedor que proferiu injúria racial em direção a Gabigol, do Flamengo.
"Em relação ao caso de racismo, é lamentável. As medidas precisam ser tomadas. E ficamos felizes nesse ponto de saber que o Fluminense está tomando essas medidas. Não podemos tolerar. E a gente espera que não aconteça mais nos estádios e nenhum ambiente da nossa sociedade", afirmou.
Em seguida, Nino também se posicionou em relação à música homofóbica cantada pela torcida rubro-negra para os tricolores. "Sobre os gritos homofóbicos, é algo que muitas vezes na concentração e no calor do jogo a gente presta pouca atenção, mas nos incomoda como cidadãos. A gente é contra todo tipo de discriminação. Não tem como tolerar mais isso, nem no estádio, nem em qualquer outro ambiente da sociedade".
Os dois casos de intolerância foram registrados em vídeo, mas por enquanto, apenas a questão do racismo contra Gabigol está sendo apurada. Na terça-feira, o Fluminense solicitou ao TJD a abertura de inquérito para apurar o caso de injúria racial sofrido por Gabigol. Na ocasião, um vídeo feito pela jornalista Isabelle Costa flagrou o momento em que o jogador é chamado de "macaco" ao deixar o gramado no intervalo.
O árbitro do Fla-Flu, Alexandre Vargas Tavares de Jesus, relatou o caso na súmula. No entanto, afirmou não ter identificado o grito em direção ao camisa 9 do Flamengo. Já nesta quarta, o vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, escreveu no Twitter que o Fluminense "não fez mais do que a obrigação". Ele não falou sobre o que será feito em relação ao canto homofóbico.