"Nada mais justo do que voltar para onde tudo começou. Não apenas para encerrar a carreira, mas para brigar por títulos. Acho que a gente tem condição. Se olharem minha carreira, eu ganhei muito e querem ganhar muito. Sei o quanto esse clube e esses jogadores são ambiciosos para continuar ganhando títulos", disse Thiago Silva.
"Pode ter certeza que esse é meu desejo (bi da Libertadores), o meu sonho, o sonho da minha família. Não vim para brincadeira, não vim apenas pra passear. Se fosse passear, encerraria minha carreira, viveria na Europa, com certeza aproveitaria mais. Sei o quanto o Thiago fez com que as pessoas criassem essa expectativa. Quem me conhece sabe o quanto eu vou procurar trabalhar para corresponder dentro de campo. Não vim passear", completou.
Um dos momentos mais marcantes da noite foi a entrega da camisa 3 ao jogador. Por escolha do próprio Thiago, foi Jerônimo, um dos funcionários mais antigos do clube, que lhe deu a Armadura Tricolor.
"Realmente foi especial. Eu pensei muito nessa possibilidade, porque na apresentação do Marcelo vi que o presidente não teve o ego acima de tudo, deu para os filhos do Ganso, do Marcelo e do Cano entregarem a camisa ao Marcelo. E eu falei: 'Se eu colocar o Gegê, ele vai representar todos os funcionários do clube'. É um cara por quem tenho carinho e respeito", contou Thiago.
"Sempre que vinha no Fluminense, me tratou muito bem. É um cara especial, talvez ele não saiba de toda essa importância, mas é um cara que me fortaleceu muito no meu início. Junto com Marcão, com Tuta na época. E sempre me tratou da mesma maneira, do meu primeiro dia até o abraço de hoje. Por isso é emocionante", finalizou.
"Muitas pessoas me perguntam em relação a isso. Muitos perguntam por que não voltei ano passado, por que não voltei antes. Porque simplesmente não era o momento certo para voltar. Sempre cumpri meus contratos, meus contratos. Se estou feliz hoje, é porque honrei com meus compromissos. Acho que é por isso que a noite foi ainda mais especial. Faz parte da minha índole".
PROGRAMAÇÃO
"Agora é o período de programar minha pré-temporada. Acho que nunca tive tanto tempo para fazer uma pré-temporada bem feita. Claro que o grupo já está na frente, estou vindo de um período inativo, mas nessa últimas semanas fiz treinos bem adaptado em Londres. Nessa próxima semana, ainda nesse treino adaptado, para que eu possa, de repente depois do dia 17, estar juntamente com o grupo. Entrando pouco a pouco nos treinos para que eu possa me entrosar e pegar condicionamento treinando com o pessoal. Sozinho é muito difícil, mas sei que preciso desse momento meu sozinho de pré-temporada para que eu possa render aquilo que todos esperam de mim".
QUIS JOGAR A FINAL CONTRA O BOCA? COMO VIU O JOGO?
"Nervoso. Acompanhado com meus filhos e minha esposa. Gritando muito. Jogo de final é sempre muito nervoso, né? Rapidamente parando e pensando em todas as finais, poucas foram muito bem jogadas. A maioria é sempre um jogo truncando, ninguém quer perder. Não fica, taticamente, bem jogado".
"Acho que o Fluminense jogou muito mais na fase de grupos e outras fases do que propriamente na final, mas era o que tinham que fazer. Coisa que não fizemos em 2008. Jogamos bem, mas o resultado todo mundo sabe".
ESTILO DE DINIZ
"Para ser sincero, é difícil de fora a gente ter essa análise, porque é um jogo muito diferente de todos os outros. Esquema tático nunca visto antes, pelo menos por mim. Jogo completamente diferente de ser analisado. Acredito que é muito treino, não é chegar em campo e fazer. É tudo bem programado, várias repetições. Isso requer muito trabalho para funcionar. Joguei um pouco com ele. Sei o quanto ele gosta de trabalhar. Estou super preparado para isso"
"Sou um jogador muito técnico. E o que ele mais pede é para sair jogando. Na minha concepção, é o que mais sei fazer. Eu me sinto bem jogando dessa maneira".
RECORDE NA APRESENTAÇÃO
"Muito nervoso. Diferente de entrar em campo e jogar. Me sinto bem jogando, domino, principalmente com pressão, mas a pressão aqui hoje foi difícil, mas especial. Nem nos meus melhores sonhos, eu imaginaria viver esse momento assim. Maracanã tão lindo, colorido, com a minha família, com amigos próximos. Dia inesquecível para mim".
FAMÍLIA
"É difícil, sabe? Não é uma situação fácil. Acho que isso mostra meu carinho, meu amor pelo Fluminense. Só o amor pode fazer a gente tomar decisões tão difíceis. Deixar a família em Londres. 11 horas de voo, quatro horas de fuso. Sei que não vai ser fácil, mas acredito em de tudo que Deus preparou para mim".
EXPERIÊNCIA
"Apesar de ser um cara já experiente, que pode acrescentar algumas coisas, acredito que nesse momento de início eles vão muito mais me ajudar do que eu a eles. Eu vou estar fora de ritmo, vindo de um período inativo. Para estar bem adaptado ao time na estreia, à forma que joga, eles vão ter que me ajudar muito".
"Estava brincando, um ou outro terá que correr para mim (risos). Vou mais ou menos mapeando, dando um pouco da direção, que ali atrás consigo fazer bem. Nesse início vai ser um pouco difícil, até me adaptar ao futebol brasileiro, aos campos, que é uma briga de todos os jogadores. Ter uma melhoria nos campos para ter um espetáculo melhor. Nada mais justo do que ter um gramado bom para se praticar o futebol. Acredito que na segunda-feira, eu já vou ao treinamento para começar minha preparação".
CHEGAR NUM FLU CAMPEÃO
"Na verdade, todas as outras equipe veem o Fluminense como o adversário a ser batido e se preparam para tal situação. Acho que fica muito mais difícil. Por isso o início foi um pouco mais abaixo. Agora acredito que vá subir novamente. Quando você ganha uma coisa tão importante como foi a conquista da Libertadores, você tem um delay para entrar novamente nos trilhos para poder disputar a temporada seguinte".
"Se você olhar o rival (Flamengo) teve a mesma dificuldade. Chegou o Tite, que mudou um pouco. É normal que isso aconteça. Acredito que a pré-temporada não foi legal, porque teve o Mundial, alonga mais a temporada, tem menos tempo de pré-temporada. Agora é o momento que acredito que o Fluminense vai subir. Não porque estou chegando, mas porque é assim que o futebol funciona".
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