Fabricio, jogador do Vasco - Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Fabricio, jogador do VascoPaulo Fernandes/Vasco.com.br
Por O Dia

Rio - De carta fora do baralho, Fabrício foi a surpreendente solução de Alberto Valentim no clássico com o Flamengo, em Brasília. O empate (1 a 1) no Mané Garrincha não fez jus ao domínio do Vasco e aos acertos do treinador, ainda pressionado pelo risco de rebaixamento para a Série B do Brasileiro. Com uma participação ativa em Brasília, Fabrício ganhou pontos e promete agarrar a segunda chance na Colina.

Pressionado pelo jejum de vitórias no comando do Vasco, Valentim tinha Giovanni Augusto e Thiago Galhardo à disposição, mas apostou no velho conhecido como meia, no lugar de Wagner. O apoiador deixou o clube às vésperas do clássico após rescisão unilateral de contrato via Justiça do Trabalho.

"Queria ele fazendo essa ligação no meio de campo. Fabrício vem treinando muito bem. É o que corre nos treinos, em distância percorrida, em alta intensidade. Tem qualidade", destacou Valentim.

Renascimento na Colina

Contratado em janeiro para ocupar a lacuna deixada pelo lateral-esquerdo Ramon, que se recuperava de uma grave lesão no joelho direito. Entre altos e baixos, ele superou as vaias no clássico com o Fluminense e foi herói da classificação ao marcar o gol da vitória de 3 a 2, na semifinal do Carioca. Na final contra o Botafogo, que se sagrou campeão nas penalidades, foi expulso ainda no primeiro tempo, prejudicando a equipe.

Execrado pela torcida, ele piorou a situação após a publicação da polêmica foto em que ele e outros colegas 'perseguidos' (Evander, Wellington, Paulão e Gabriel Félix) ironizavam as vaias.

Coincidentemente, todos já deixaram o clube. Fabrício recebeu propostas e, mesmo descartado pelo então técnico Jorginho, decidiu ficar. A chegada de Alberto Valentim mudou tudo. A aposta como meia é fruto do período em que trabalharam juntos no Palmeiras. Motivado, o curinga recompensar o tempo perdido.

"Foi difícil. Às vezes voltava para São Paulo e assistia à rapaziada jogando. Treinava a semana toda e não jogava. Mas nunca deixei a peteca cair", disse Fabrício.

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