Rio de Janeiro - 25/02/2021 -  O Jogador do Vasco Ricardo durante partida contra a equipe do Goiás no estadio de Sao Januario valido pelo Campeonato Brasileiro 2021. Foto: Luciano Belford/agencia O Dia - Luciano Belford/Agência O Dia
Rio de Janeiro - 25/02/2021 - O Jogador do Vasco Ricardo durante partida contra a equipe do Goiás no estadio de Sao Januario valido pelo Campeonato Brasileiro 2021. Foto: Luciano Belford/agencia O DiaLuciano Belford/Agência O Dia
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - São Januário foi o cenário da despedida do Vasco no Campeonato Brasileiro. A vitória de virada sobre o Goiás, por 3 a 2, nesta quinta-feira, não foi suficiente para a mirabolante combinação necessária para evitar o quarto rebaixamento do clube no intervalo de 12 anos. Impedida de fazer o 'caldeirão' ferver, parte da torcida foi à Colina. Não para apoiar, e sim para protestar. Cano e Ricardo Graça, duas vezes, marcaram para o Cruzmaltino e Fernandão, contando com a falha de Fernando Miguel, no segundo gol, também fez dois.
Virtualmente rebaixado, o Vasco recebeu o Goiás com uma missão para lá de difícil, para não dizer impossível. Com o desafio de vencer, algo que não acontecia há seis rodadas, ainda torcia pelo tropeço do Fortaleza contra o Fluminense, além da obrigação de tirar uma improvável diferença de 12 gols para evitar a quarta queda.
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Na despedida de Vanderlei Luxemburgo do comando, o Vasco, talvez inconsciente pelo fim do peso, teve uma atitude que o torcedor não presenciou na sequência sem vitória. A perda de Leandro Castan, com suspeita de lesão muscular, no entanto, foi um indicativo de a maré realmente não estava boa para caravela cruzmaltina. Oportunista, Cano abriu o placar, aos 14 minutos, aproveitando o rebote depois da finalização de Carlinhos. Foi o fim do jejum de seis jogos, mas o Goiás, mesmo rebaixado, foi mais incisivo quando atacou.
Fernandão travou um duelo particilar com Fernando Miguel. No primeiro gol, o VAR confirmou que o goleiro fez a defesa um pouco depois da linha do gol, aos 25. Aos 51, no entanto, a falha ficou mais clara na falta de intermediária cobrada pelo atacante. Machucado, Cano deixou o gramado ainda no primeiro tempo. A sorte parecia que não estava do lado do Vasco, mais uma vez.
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Após a entrada de Marcelo Alves e Ygor Catatau no lugar de Castan e Cano, machucados, Luxa mexeu no intervalo e voltou com Juninho e Gabriel Pec no lugar dos apagados Léo Matos e Talles Magno. A qualidade de Andrey não apenas na finalização de fora da área, mas também na bola parada foi uma arma importante. Aos quatro minutos, Ricardo Graça aproveitou o preciso cruzamento para empatar. Na jogada anterior, Catatau havia perdido uma chance clara, cara a cara com Tadeu.
Com Tiago Reis no lugar de Andrey, Luxa usou seu último recurso ofensivo na tentativa de se despedir do clube com uma vitória. Na base da vontade, o Vasco superou as limitações técnicas para buscar o resultado digno à sua história. Em noite artilheira, Ricardo Graça usou a cabeça mais uma vez para virar o jogo, aos 46 minutos. Melancólica, a vitória marca o início do doloroso projeto de reconstrução do Vasco. Em coletiva nesta sexta-feira, em São Januário, o presidente Jorge Salgado, anunciará os primeiros passos do processo de retomada.
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VASCO X GOIÁS
Local: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Gols: 1º tempo - Cano (14 minutos) e Fernandão (21 e 51 minutos). 2º tempo - Ricardo Graça (4 e 46 minutos)
Cartões amarelos: Léo Matos; Fábio Sanches, Miguel Ferreira
Cartões vermelhos: -
Público: Jogo com os portões fechados

VASCO: Fernando Miguel, Léo Matos (Juninho), Ricardo Graça, Leandro Castan (Marcelo Alves) e Henrique; Bruno Gomes, Andrey (Tiago Reis) e Carlinhos; Yago Pikachu, Talles Magno (Gabriel Pec) e Cano (Ygor Catatau). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

GOIÁS: Tadeu, Shaylon, Fábio Sanches, David Duarte e Jefferson; Henrique Lordelo, Miguel Figueira (Breno) e Índio (Taylon); Vinícius, Fernandão (Sandrinho) e Rafael Moura (Pedro Marinho). Técnico: Glauber Ramos