O lateral-direito Léo Matos em disputa de bola com Lucas SiqueiraESTADÃO CONTEÚDO
Com direito a vaias e gritos irônicos de torcedores, Vasco se despede de São Januário em 2021 com empate diante do Remo
Nenê foi poupado pelos vascaínos presentes no estádio, e Leandro Castan o mais perseguido
O Vasco se despediu de São Januário em 2021, diante do Remo, de forma melancólica, tal como foi a temporada. O time cruzmaltino deu adeus à torcida no ano com empate em 2 a 2 e com direito a muitas vaias e gritos em tom de ironia dos poucos torcedores presentes no estádio. Nenê foi poupado das críticas, e o zagueiro Castan foi o mais perseguido.
O primeiro tempo foi uma amostra do porquê Vasco não conseguiu o acesso à elite do futebol brasileiro e disputará mais um ano de Série B. Um time totalmente apático, perdido e desorganizado. Os poucos (e guerreiros) torcedores que compareceram em São Januário aproveitaram para vaiar a maioria dos jogadores (Nenê foi poupado dos protestos).
O Remo abriu o placar aos 30 minutos. Erick Flores roubou a bola de Riquelme e tocou na direita para Victor Andrade. O meia avançou e cruzou na medida para Neto Pessoa escorar para o gol. Logo depois, aos 37, os visitantes ampliaram o marcador. Lucas Siqueira chutou forte da intermediária, a bola desviou em Romulo e foi para o fundo do gol.
Após o segundo do Remo, os torcedores presentes ironizaram alguns atletas do elenco: "Uh, tá maneiro, Germán Cano é pipoqueiro"; "Ei, Castan, sai do Instagram"; "Ei, Pec, vai fazer o ENEM", foram algumas frases gritadas nas arquibancadas.
Mas, aos 40, o Vasco diminuiu. Nenê cobrou escanteio na primeira trave, Léo Matos antecipou a zaga do Remo e cabeceou para o gol. Os torcedores até comemoraram o tento, mas segundo depois passaram a vaiar o time novamente.
No segundo tempo, os torcedores vascaínos, que claramente foram a São Januário na intenção de vaiar os jogadores, continuara pegando no pé de Leandro Castan. Em tom de ironia, os vascaínos gritaram: "Ã, ã, ã, expulsa o Castan".
No campo, os jogadores continuavam tendo atuação um futebol medíocre, digno de Série B e mostrando que se Nenê não tivesse sido contratado, o cenário poderia ter sido pior. Aos 34, a torcida aplaudiu juiz por cartão amarelo a Léo Matos, e Lucão foi xingado ao errar a saída do gol.
Mas, aos 36, Léo Matos cruzou rasteiro da direira, Kevem cortou parcialmente, mas a bola sobrou para Galarza na entrada da área. O paraguaio bateu de primeira, o goleiro Vinícius ainda tocou na bola, mas não evitou o empate do Vasco.
Apesar do gol, os torcedores continuavam a ironizar e vaiar. Alguns tentaram dar força, gritando "Vasco" bem forte, mas foi em vão. Após o apito final, xingamentos das arquibancadas continuaram e foram a cereja do bolo de um ano para ser esquecido pelos vascaínos.
Com o resultado, o Vasco chegou a 49 pontos e está, momentaneamente, na nona colocação. Antes de finalizar, de fato, a temporada, o Cruzmaltino encara o Londrina, no domingo, fora de casa, às 16h.
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