Por edsel.britto

Rio - Logo após receber um ofício do Grupamento Especial de Patrulhamento de Estádios (Gepe), órgão da Polícia Militar, solicitando que o clube coloque stewards (seguranças particulares) nas cadeiras sociais de São Januário, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, criticou o seu comandante, João Fiorentini, nesta sexta-feira, em entrevista coletiva realizada em São Januário. Para o dirigente, trata-se de uma "clara tentativa de confronto" com o clube.

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Eurico afirmou que já se antecipou ao pedido da Polícia Militar e colocou seguranças a cada cinco metros nas cadeiras sociais para impedir eventuais tentativas de invasão do gramado. Porém, o grupamento exige que 20 homens sejam posicionados dentro de campo. O presidente também fez provocações ao tenente-coronel Fiorentini, comandante do grupamento, e disse não entender a razão para que tais acusações estejam sendo feitas e disse que o comando do batalhão tenta induzir o Ministério Público contra o clube com relatórios e "denúncias falsas".

Eurico Miranda fez críticas ao Gepe por conta de 'denúncias falsas' sobre irregularidades em São JanuárioAndré Luiz Mello

"Decidi retirar os vidros porque entendi que prejudicavam a visualização do campo pelos torcedores das primeiras filas. Foi uma medida que foi muito elogiada pelos sócios. Não contratei stewards, mas coloquei seguranças por toda a área das sociais. Se colocasse o que ele quer, dentro de campo, a reação seria de correr atrás de um torcedor que já teria invadido o gramado, e não de impedir, como fizemos. Mas o que ele (Fiorentini) quer é criar um confronto com o clube. E se tem uma coisa que nunca admiti, e no dia que admitir não fico mais no Vasco, é a tentativa de controlar a social do clube. No meu entendimento ele está extrapolando as funções que lhe cabem", esbravejou Eurico.

Segundo o relatório enviado, o Gepe denunciou ao Ministério Público ausência de controle da entrada das sociais, afirmando que 167 pessoas haviam adentrado ao estádio sem ingressos, fato que Eurico rechaçou e justificou como sendo atletas-residentes dentro do Vasco, que vêm com familiares e funcionários "devidamente identificados".

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Além disso, o grupamento também relatou um torcedor com bebida alcoólica no interior de São Januário, e o presidente afirmou que o Gepe descreveu no texto que o indivíduo estava na arquibancada, mas que não foram encontradas nenhuma bebida sendo comercializada  nos bares e no restaurante. O mandatário também disse que outros pontos que constam na denúncia encaminhada ao MP serão analisadas e respondidas pelo departamento jurídico do clube.

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