Rio - Muda a competição, mas o empenho tem de ser o mesmo. Depois das duas atuações sem derrotas para o Flamengo, a ordem em São Januário é manter o "chip" da Copa do Brasil ligado para começar a recuperação no Campeonato Brasileiro. Porém, para vencer é preciso fazer gols. Como? Desde que chegou ao clube, Nenê tem se esforçado para entender os seus companheiros e fazer com que o setor pare de ser motivo de chacota de críticos e torcedores rivais.
Com oito gols em toda a competição, o ataque do Vasco balançou a rede menos que o artilheiro Ricardo Oliveira (11), do Santos, e Lucas Pratto (9), do Atlético-MG. Das 20 partidas disputadas até agora, o Gigante passou em branco em 13 e evidenciou a maior de suas limitações. Com 34 anos, Nenê, recém-contratado, precisou de pouco tempo para identificar o problema e tentar encontrar uma solução. Responsável pela criação no meio de campo, Nenê tem aproveitado o tempo ao lado dos novos companheiros para conhecê-los melhor e, com isso, ganhar rápido entrosamento em campo.
LEIA MAIS: Nenê confia na salvação do Vasco no Brasileiro: 'Vamos sair dessa'
“A gozação que fazem na Internet não me incomoda, mas a falta de gols do nosso ataque é um dos principais fatores que tenho tentado ajudar a corrigir. Desde que cheguei, não tivemos muito tempo para treinar. O que não podemos melhorar no gramado tentamos acertar na base da conversa. Já falei com Riascos, Jorge Henrique, Thalles...”, disse Nenê, que também tem feito o dever de casa.
LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Vasco
“Tenho visto vídeos com a atuação deles para entender como é a movimentação, a preferência, como eles gostam de receber a bola para facilitar lá na frente”, acrescentou.
VEJA MAIS: Confira a tabela e classificação do Campeonato Brasileiro
Autor da assistência no lance do gol marcado por Rafael Silva e que garantiu a classificação do Vasco sobre o Flamengo às quartas de final da Copa do Brasil, Nenê ressaltou a importância do passe. Para ele, a sensação de deixar outro atleta em boas condições é igual a de um gol.
“Essa é a minha função. Ficarei muito feliz quando o meu gol sair, mas não alimento esta expectativa. Sem ansiedade. Dar assistência já me deixa realizado em campo”, completou.
Jorginho testa opções
O clima estava mais leve em São Januário um dia após a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Com os titulares na sala de musculação fazendo trabalho regenerativo, os reservas suaram a camisa em campo. Sem Rodrigo e Jorge Henrique, suspensos, o treinador deve optar por Luan e Rafael Silva, autor do gol salvador. Jorginho repetiu a escalação do time titular desde que chegou. À disposição, Andrezinho também pode atuar.