Rio - O presidente do Vasco, Eurico Miranda recebeu uma advertência do STJD em julgamento realizado, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. O mandatário do clube carioca não recebeu nenhuma suspensão e foi defendido por ele mesmo e pelo advogado do Vasco, Paulo Máximo, no julgamento. A advertência foi decidida por unanimidade dos votos.
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O presidente do Vasco foi denunciado pelas entrevistas coletivas após o empate com a Chapecoense. Ele foi enquadrado no artigo 258, 2º parágrafo, inciso II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em ato de desrespeito à equipe de arbitragem, por afrontar preceitos de boa ética. A procuradoria defende que as entrevistas colocaram em dúvida a lisura do trabalho de arbitragem e que Eurico levantou suspeitas “sem evidências de um possível complô político”. O presidente vascaíno também foi denunciado pela declaração de que vai promover"guerra sem quartel" contra a CBF e o presidente Marco Polo Del Nero, sendo enquadrado no artigo 243-D do CBJD, que fala em incitação à violência de torcedores.
O relator Rodrigo Raposo absolveu Eurico no artigo 243-D, sobre a declaração de "guerra sem quartel". Ele considerou que a expressão não incitava o ódio e não deveria ser julgado desta maneira. Além disso, Raposo disse que as denúncias e coincidências de arbitragem para clubes de Santa Catarina suscitam dúvidas e devem ser investigadas. Mas, segundo ele, a entrevista de Eurico passou por "pequeno deslize na questão do excesso". Os auditores acompanharam o voto do relator.
Além de Eurico, o Vasco foi julgado pelo elo atraso de dois minutos no confronto entre São Paulo 2 x 2 Vasco, pelo Brasileirão, o clube carioca levou multa de R$ 2 mil.