Por fabio.klotz

Rio - Juninho Pernambucano vai entrar na Justiça contra o Vasco, para cobrar dívidas do clube. De acordo com o ex-jogador e hoje comentarista da TV Globo, o valor da ação gira em torno de R$ 500 a 700 mil. Porém, Juninho sugere um acordo e diz que abre mão de sua parte (descontando os honorários dos advogados) se o clube se comprometer em investir a verba em um centro de treinamento.

Juninho propõe acordo com o VascoErnesto Carriço / Agência O Dia

"Meu ex-empresário (José Fuentes) tem uma ação contra o Vasco e também vou ter até o fim do ano. A minha indenização gira em torno de R$ 500 a 700 mil. Como tenho a oportunidade de falar ao vivo, venho aqui deixar público que posso fazer um acordo com a diretoria do clube. Se eles quiserem, basta apenas pagar aos meus advogados a parte deles e ficar todo o restante para ajudar o Vasco. Abro mão aqui ao vivo, não sou moleque. Como poderia caducar minha ação, estou autorizando meu advogado a entrar na Justiça amanhã (terça-feira). Depois ele vai entrar em contato com o jurídico do clube para propor esse acordo. Deixo tudo como doação para a construção de um centro de treinamentos para o Vasco, mas tem de estar tudo assinado", afirmou Juninho, no programa "Futebol de Verdade", da Rádio Globo.

Juninho ainda explicou a dívida que o clube tem com ele, referente ao retorno em 2011, e ainda fez uma comparação com Nenê, atual meia-atacante do Vasco.

"Quando vim para o Vasco, o clube me ofereceu cinco milhões por ano. Ganhava oito milhões no Catar. Mesmo com a oferta do clube, disse que não queria ganhar nada. O que queria era prêmios. Se fosse campeão brasileiro, eram três milhões, porque 500 vezes seis meses que fiquei, daria três. Se ficasse com vaga na Libertadores, eram dois milhões. Como ficamos, não recebi até hoje parte desse acordo. Já o Fuentes tinha em mãos essa proposta do Vasco, em papel timbrado, com o valor de cinco milhões. Como aqui no Rio já tinham Fred e Deco, no Fluminense, poderia pedir 10 milhões por ano e um contrato de quatro temporadas que a diretoria iria me pagar mesmo aos 36 anos. Poderia ser o maior credor do clube. Teria até garantidas aposentarias para minhas filhas. Mas preferi fazer um contrato de objetivos. Recebia 50 mil por jogo, mesmo assim o Eurico criticava esse acordo. Agora ele paga um salário de 300 mil para o Nenê, mas nunca joguei seis jogos por mês. Tenho certeza de que dei muito mais em campo na história que o Nenê vem dando, apesar de estar ajudando muito", finalizou.

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