Rio - A dolorosa goleada aplicada pelo Corinthians, um 5 a 2 difícil de engolir, expôs em carne viva o deficiente sistema defensivo do Vasco. Os 14 gols sofridos em cinco jogos e a assustadora média de 2,8 por partida são a constatação de que o técnico Milton Mendes terá muito trabalho pela frente.
"Quando perde, perde todo mundo. Quando toma um gol, toma o time todo. A marcação não começa lá de trás, começa lá na frente. Se conseguirmos fechar, fazer uma marcação boa, podemos evitar os gols", resumiu o meia atacante Mateus Vital, jogador escolhido para conversar com os jornalistas na última quinta-feira.
Para a torcida, no entanto, um jogador escapou do vexame de quarta-feira; Luis Fabiano, o único poupado dos gritos de 'time sem vergonha'. Por isso, uma suposta caça às bruxas traria mais prejuízos que acertos para o elenco, que não dá muitas opções a Milton Mendes.
Com poucas variáveis no grupo, uma saída poderia ser uma mudança no esquema tático. O 3-6-1, treinado antes do Brasileiro, poderia ser testado para saber se o sistema defensivo responderia melhor. Outra alternativa tática seria a escalação de três volantes. Como Douglas tem muito mais recursos técnicos, poderia jogar mais avançado, apoiando o ataque, enquanto Jean e Wellington fariam o papel de cão de guarda.
Uma espécie de consolação é que, após a segunda derrota consecutiva na competição, o Vasco perdeu somente duas posições na tabela: caiu do 11º lugar para o 13º. Por isso, vencer o Sport, amanhã, às 19h, em São Januário, será fundamental para dar tranquilidade ao grupo e mostrar que, a 33 rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, muita água ainda vai rolar.