Rio - O empate sem gols contra o Santos não foi a única insatisfação do Vasco neste domingo. Pelo menos, não para o presidente do clube, Eurico Miranda, que falou com jornalistas após a partida, válida pela 14ª rodada do Brasileirão.
A primeira reclamação foi com a abordagem da imprensa. Para Eurico, criou-se uma atmosfera de que o Vasco teria sido o responsável pelos episódios promovidas pela torcida em São Januário, após derrota no clássico contra o Flamengo, na semana passada. "O Vasco não tinha interesse nenhum no que aconteceu", se defende.
Em seguida, sobrou para a Polícia Militar, que para o presidente vascaíno, foi "abusiva, temerária, excessiva e negligente" nas ações contra os vândalos. "Demonstrou incompetência", criticou, lembrando da morte de um torcedor nos arredores do estádio. "A pessoa que morreu, morreu a quatro quadras do estádio. E foi o policia militar que atirou", afirmou.
Revoltado com a medida, o dirigente lembrou da morte de um torcedor do Botafogo no clássico contra o Flamengo, no Engenhão, em fevereiro. "Não pode dar segurança em São Januário, mas aqui pode? Onde mataram um com espeto?"
Para o mandatário vascaíno, o clube recebeu dupla punição, já que não só não mandou o jogo no seu estádio, como teve que fechar os portões do Engenhão, onde a partida foi realizada. "Futebol sem torcedor é como se fosse um treino fechado", lamentou, lembrando do prejuízo financeiro. "Por alto, mais de R$ 1 milhão. Levando em conta o que deixa de arrecadar e o que tem que gastar", argumentou.
O próximo compromisso do Vasco no Campeonato Brasileiro será o duelo com o São Paulo, nesta quarta-feira, no Morumbi.