Por pedro.logato

Rio - Menos de dois dias após a reeleição da chapa encabeçada por Eurico Miranda, o presidente falou da acusação de fraude eleitoral do pleito. O mandatário negou qualquer irregularidade existente na votação de terça-feira.

Eurico afirmou que Vasco irá provar legalidade da eleiçãoPaulo Fernandes/Vasco.com.br

"Nós fomos para esse processo eleitoral e acredito que não tenha tido um que não tenha tanta transparência. Transcorreu na maior tranquilidade, apesar de terem sido feitas ameaças a sócios para que não comparecessem. Receberam ligação para que não comparecessem porque tinha a possibilidade de ter confusão ou de serem presos por estarem de forma irregular", afirmou em entrevista coletiva.

A Justiça determinou que o Vasco tem 48 horas para provar que os sócios que votaram na última terça-feira estavam em dia com a mensalidade do clube. A grande polêmica envolve a urna 7 que foi separada das demais na eleição por conta de uma ação judicial feita pelo candidato Fernando Horta. Nesta urna, o atual presidente do Vasco teve 428 votos, contra apenas 48 de Julio Brant.

No total, a chapa vencedora teve 2.111 votos cotra 1.975 de Julio Brant. Fernando Horta ficou com 421 votos. Sem a urna polêmica, o opositor teria derrotado Eurico. Brant ficaria com 1.933 contra 1.683 do atual presidente do clube carioca.

Antes da eleição, a urna 7 já havia sido separada das outras em razão de uma medida judicial. Nos meses de novembro e dezembro de 2015, último período para poder votar, houve um grande aumento de adesão entre os sócios do clube carioca.

Eurico Miranda afirmou que todas as dúvidas da Justiça vão ser esclarecidas nos próximos dias e lembrou que o seu atual mandato como presidente do clube termina apenas no ano que vem.

"O que eu vou esclarecer, e será qualquer dúvida a respeito das acusações que são feitas, e todas feitas de maneira leviana. O Vasco tem como responder a todas elas. Dito isto, se vocês sabem como é a eleição do Vasco, há uma eleição do Conselho e esse Conselho elege o próximo presidente. A primeira coisa que tem que ser colocada é que o meu mandato expira em 16 de janeiro de 2018", disse.

O presidente voltou a fazer críticas a ex-jogadores do Vasco. Apoiadores de Julio Brant, Edmundo, Pedrinho e Felipe teriam se tornado possíveis eleitores do clube por conta de uma manobra de Roberto Dinamite.

"Se a gente quisesse fazer sócios, faríamos como a administração passada. Eu poderia distribuir títulos de bem feitor remido, como ele fez: Edmundo, Pedrinho e Felipe. Tem outros, mas só trouxe esses. Não tem a assinatura do preposto e tem a assinatura do presidente. Mas isso é uma resposta sobre endereço e telefone. Endereço e telefone de Pedrinho idem. Pedrinho não tem CPF. No caso do Edmundo, ele atualizou o endereço recentemente. Os outros não atualizaram. O pior de tudo é que no caso do Edmundo não tem assinatura nem dele nem do proponente. O que não invalidou. Isso é uma resposta a alguns casos", finalizou.

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