A prefeita de Guapimirim, Marina Rocha, discursa para o público presenteSME Guapimirim - Divulgação

Guapimirim – O combate à evasão escolar em Guapimirim, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ganha novas aliadas: as igrejas. Na última quarta-feira (27/10), a Secretaria Municipal de Educação promoveu uma reunião na Escola Municipal Acácia Leitão Portella, no bairro de Parada Modelo, com lideranças religiosas, no intuito de firmar parcerias para a realização da Busca Ativa. Entre os presentes estava a prefeita Marina Rocha (PMB-RJ).
“É fundamental o envolvimento das igrejas, grupos religiosos, família e sociedade como um todo nesse contexto. Temos entre 70% e 80% de frequência escolar média. É claro que o objetivo é 100%, mas sabemos que isso é impossível, porque sempre alguns alunos faltam às aulas normalmente, e outros não podem, de fato, por conta de comorbidades complicadas. Mas, o que queremos é que as faltas não sejam evasão ou abandono escolar”, destacou ao O Dia o secretário municipal de Educação, Ricardo Almeida.
De 8.700 alunos na rede municipal de educação, aproximadamente, a frequência média é de 70% a 80%. Ou seja, a evasão está em torno de 20% a 30%.
Devido à pandemia de coronavírus (Sars-CoV2), durante o ano de 2020 e o primeiro semestre de 2021, o ensino foi à distância. Os alunos respondiam de casa os exercícios e os entregavam posteriormente nas escolas para que fossem corrigidos. Aos poucos as aulas voltam a ser presenciais.
Mesmo com o ensino remoto, o índice de alunos faltosos é preocupante e acendeu alertas para a piora na qualidade da educação, o baixo rendimento dos alunos, além de eventuais crimes, já que privá-los dos estudos é delito previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A rede municipal de ensino de Guapimirim aderiu, recentemente, à Busca Ativa, com o objetivo de reconduzir os discentes às salas de aula. Trata-se de uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e que conta com a parceria do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Nessa cidade fluminense, os trabalhos contam também com as Estratégias de Saúde da Família (ESF) – como são chamados os postos de saúde – e, agora, com os templos religiosos.
Conforme noticiado por O Dia em setembro deste ano, 545 alunos da rede municipal de ensino abandonaram os estudos entre 2019 e 2020.