Por IG - Último Segundo

A primeira mulher trans eleita na Câmara de Vereadores de Niterói voltou a receber ameaças de morte. Benny Briolly (PSOL) registrou o caso na delegacia, após ter recebido, segunda-feira, uma ameaça anônima enviada por email. As informações foram dadas pelo UOL.

"Não adianta avisar à polícia ou andar com seguranças. Nada no mundo vai me impedir de te matar. Vou te matar do mesmo jeito que meu grupo matou a Marielle! Pois é. Nós matamos a Marielle".

A mensagem também traz comentários transfóbicos. "Enquanto você ganha um salário de vereador apenas por ser um pedreiro de peruca, eu estou desempregado, minha esposa está com câncer de mama e estamos vivendo do auxílio emergencial", diz o e-mail.

"Eu juro que se você não renunciar ao mandato vou comprar uma pistola 9mm no Morro do Engenho aqui no Rio de Janeiro e uma passagem só de ida para Niterói e vou te matar. Eu já tenho todos os seus dados e vou aparecer aí na sua casa", ameaça o texto.

Benny Briolly diz que a mensagem é assustadora, mas que não irá recuar. "São xingamentos e ameaças de linchamento nas ruas. Essa é a primeira ameaça de morte após as eleições. Estou me sentindo bem vulnerável", relatou.

"Nossa resposta ainda é a mesma: não vamos sair dos espaços de poder. A estrutura transfóbica e racista deste país não vai prevalecer", complementou a vereadora eleita.

Antes das eleições municipais, Benny já havia sido alvo de ameaças e LGBTfobia. Uma das mensagens dizia "Ronie Lessa vai te pegar", em referência ao suspeito de participar do assassinato de Marielle Franco.

"Depois de meter uma bala na sua cara e matar qualquer um que estiver junto com você, vou meter uma bala na minha cabeça. Não adianta chamar a polícia ou andar com seguranças", estaria escrito na mensagem.

Não é a primeira vez que Benny sofre com ameaças de morte. Durante a campanha eleitoral de 2020, após ameaças de morte e ataques de ódio em suas redes sociais, a agora vereadora registrou o caso na delegacia. Outras parlamentares também receberam a mesma mensagem de email. Esse foi o caso da deputada federal Talíria Petrone (PSOL RJ) e da vereadora trans eleita em 2020, em Belo Horizonte-MG, Duda Salabert (PDT).

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