Ministro do STF, Alexandre de Moraes, atendeu ao pedido da Rede e cobrou explicações a Bolsonaro pela suposta intimidação à AnvisaFellipe Sampaio/STF

Bolsonaro disse que pediu divulgação dos nomes de quem aprovou vacinação de criançasReprodução/Flickr
Brasília - Em uma decisão proferida nesta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal do Federal (STF), ordenou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste sobre uma suposta intimidação a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em até 48 horas.
O requerimento foi feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após o presidente da República afirmar publicamente que os nomes dos técnicos que aprovaram a vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos fosse divulgada.
O senador afirma que Bolsonaro tentou "intimidar, expor ou divulgar o nome dos servidores", pedindo uma multa de R$ 500 mil por cada descumprimento. A declaração foi dada pelo presidente durante sua live no YouTube, em 16 de dezembro.
"Eu pedi extraoficialmente o nome das pessoas que aprovaram a vacina para 5 a 11 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas. A responsabilidade é de cada um. Mas agora mexe com as crianças, então quem é responsável por olhar as crianças é você, pai. Eu tenho uma filha de 11 anos de idade e vou estudar com a minha esposa bastante isso aqui", disse.
Pelo Twitter, Randolfe comentou a ação. "Nossa forma de brindar o nascimento de Jesus é combatendo a sanha assassina de Herodes. Acionamos o STF pedindo a disponibilização, por parte do Ministério da Saúde, de vacinas contra covid-19 para as crianças de 5 a 11, independentemente de prescrição médica!", escreveu.
Você pode gostar