Município de Itaboraí - Foto: A Tribuna
Município de ItaboraíFoto: A Tribuna
Por O Dia
Itaboraí - A falta de saneamento ainda é um dos maiores problemas de cidades de todo o Brasil, no estado do Rio de Janeiro e, principalmente, em Itaboraí.

Preocupado com a questão e atento à votação deste ano, o Instituto Trata Brasil lançou a cartilha Saneamento Básico e as Eleições Municipais 2020.

Os números de Itaboraí são considerados alarmantes pelo órgão. O município tem apenas 34,7% dos moradores com acesso de rede coletora de esgoto, mas somente 2,6% são devidamente tratados. Em relação ao abastecimento de água, 74,1% dos itaboraienses têm acesso, mas 22,2% foram considerados pelo Instituto Trata Brasil como perdas na rede de distribuição. Portanto, só 51,9% da água chega nas residências.

Além disso, o Trata Brasil informou que Itaboraí não tem Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e não terá condições para buscar recursos financeiros do Governo Federal para elaborar projeto de saneamento a partir de 2022.

Lembrando que a água e o esgoto em Itaboraí são de responsabilidade da Cedae e o serviço é ou seria fiscalizado pela Agencia Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).

O Instituto Trata Brasil lembra que cabe ao prefeito e com secretários realizar obras de saneamento. Já os vereadores devem fiscalizar a aplicação dos recursos, já que, é um direito previsto na Constituição.

Além de diminuir a mortalidade infantil, os investimentos em saneamento podem melhorar os índices da educação, impulsiona o turismo, valoriza os imóveis do município, aumenta a renda dos moradores, despolui os rios e valões, preserva os recursos hídricos e atrai o desenvolvimento econômico.

Situação da saúde e da renda em relação ao acesso ao saneamento de Itaboraí

A cidade teve 42 casos de internações por doenças associadas à falta de acesso a rede de esgoto e a água potável. Já um itaboraiense morreu por doenças gastrointestinais infecciosas na população.

No rendimento do trabalho das pessoas que moram em residência com saneamento básico é de R$ 2.438,21 por mês. Já o rendimento que moram em casas sem saneamento vira entorno de R$ 1.013,83 por mês.

Confiram os números citados pelo Instituto: http://www.tratabrasil.com.br/rio-de-janeiro