Fernanda Candeias: desenvolvimento, responsabilidade social e união de empresas e governos para alcançar grandes conquistas
Fernanda Candeias: desenvolvimento, responsabilidade social e união de empresas e governos para alcançar grandes conquistasDivulgação - Ternium
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ – Fernanda Candeias é psicóloga de formação, mas há quase 15 anos atua no ramo de responsabilidade social. Os últimos nove desses anos foram na gerência dessa área na siderúrgica Ternium, que fica em Santa Cruz, na zona oeste da capital do RJ, mas praticamente na fronteira com Itaguaí. Na empresa, ela comanda projetos que atendem cerca de nove mil pessoas, várias delas de Itaguaí, na forma de incentivos ao Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet). Mas, desde outubro do ano passado, as responsabilidades de Fernanda aumentaram: ela se tornou a primeira mulher eleita da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz (Aedin) em 40 anos de existência da entidade. O mandato é dois anos.
“Neste primeiro momento, é claro, vamos fazer um diagnóstico e organizar estratégias de responsabilidade social para executar alguns projetos. Essa união vai ser importante para dar uma dimensão maior às ações que, executadas individualmente, não têm o mesmo peso se organizadas em conjunto”, disse Candeias a O DIA. A presidente deixou claro que sua experiência com a Ternium vai ser útil para alavancar as ações da Aedin e que sua gestão vai se ocupar com desenvolvimento social da região na forma de ações integradas.
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"ITAGUAÍ É IMPORTANTE PARA O POLO"
A siderúrgica Ternium, por meio das ações capitaneadas por Fernanda, investiu pesado em programas de educação, arte e cultura, integração social e esportes. Como a sede fica em Santa Cruz, a maior parte dos investimentos foi nesse bairro da capital. Mas Itaguaí, que é onde muitos funcionários da Ternium moram, há também incentivos na forma de reforma de laboratórios do Cefet, bolsas de estudo para estudantes de nível superior, capacitação de professores, dentre outras ações.
A experiência na empresa deve servir como bom ponto de partida para a implementação de ações em conjunto comandadas pela Aedin, uma espécie de “caminho das pedras” já percorrido e que, a julgar pelas intenções da presidente, pode render frutos com mais potencial, já que várias indústrias focadas nos mesmos objetivos de desenvolvimento social são mais poderosas do que apenas uma.
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Provocada pela reportagem no sentido de descobrir onde Itaguaí entra nessa história, Fernanda ressalta que a cidade é importante para a Aedin, e não será desconsiderada, justamente porque, segundo ela, a mão-de-obra no distrito industrial encontra na cidade vizinha uma força de trabalho considerável, próxima e possível.
Como o desemprego em Itaguaí é fonte constante de desespero para a população, a presidente da Aedin lança um alento: “Vamos fortalecer a Associação para conseguir atrair mais investimentos. O polo industrial é fundamental para o desenvolvimento do Rio de Janeiro como um todo, tem um diferencial logístico muito grande, com potencial para se desenvolver bastante”, garantiu a presidente.
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Candeias também lembrou que, apesar de duas baixas na Aedin – que hoje conta com 14 indústrias associadas - há perspectivas animadoras. Uma delas é referente à fábrica de produção de vacinas da Fiocruz, cujo terreno fica no polo e a previsão de começo das atividades é início de 2023.
DICA PARA OS GOVERNOS
Em relação às PPP (parcerias público-privadas), Fernanda destaca os pontos importantes para mandatários cujos governos municipais começam agora ávidos por novos investimentos. A transparência, segundo ela, é o elemento que garante a confiança necessária para o investidor se decidir por este ou aquele município.
Ela disse que não conversou com autoridades de Itaguaí nem do Rio de Janeiro ainda, mas que pretende fazê-lo na sede da Aedin.
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As parcerias entre o setor privado e o público constituem um bom caminho para o desenvolvimento e para o exercício da responsabilidade social, e Candeias lembra: “Acho importante trabalhar em rede, acreditamos muito em parceria. Na pandemia ficou claro que a união de todos os setores tem força. Não vamos fazer sozinhos”, ressalta a presidente.