Dona Moçota Baiana no desfile de Itaguaí.Foto: Acervo Casa de Cultura Itaguaí

Itaguaí- Aos amantes do samba e da história de Itaguaí o Projeto Samba da Comunidade conta a história de grandes blocos da cidade como: Vira- Copos, Labaredas, Bloco da Burrinha e muito mais, tudo isso através da memória oral de alguns entrevistados que viveram estes carnavais nas décadas de 70, 80 e 90. A História será contata através do cortejo que começa na praça da Aclamação às 15h, e segue em direção a praça Vicente Cicarino que continua com uma Roda de Samba às 16h, neste sábado (19). O evento é gratuito
Para os realizadores do projeto, a arte, mais especificamente a música, é o melhor caminho de interação e de expressão subjetiva para a população tomar consciência de sua memória, cultura e história. A proposta do “Samba da Comunidade - Edição Bicentenário da Independência” se apropria de locais públicos de relevância na história da cidade para fomentar uma pesquisa que buscará outros referenciais de conhecimento - músicas, famílias, pesquisadores, personalidades e agente locais - na construção do processo de outra Independência do Brasil”
“É através do resgate do conhecimento oral e musical pelo samba que este projeto visa dar continuidade a sua pesquisa a fim de contribuir para outra leitura do Bicentenário da Independência. As praças públicas sendo espaços democráticos e de uso coletivo, por meio do mapeamento de sambas e suas narrativas da história local, instauram a busca por reconstruir a valorização do espaço público como um lugar onde se produz autonomia, conhecimento e a história por aqueles que foram destituídos de contá-la”, explica Mariana Castro, idealizadora do Samba da Comunidade.
Dona Moçota
Dona Moçota, uma mulher, negra, precursora do samba em Itaguaí na década de 50, foi uma importante agente política na cidade. Além de uma exímia carnavalesca, era uma pessoa ativa, que mediava relações e também era responsável por uma série de cuidados - tanto os do corpo, como os da alma. Ela era parteira, benzedeira, cozinheira e uma espécie de líder comunitária, visto que se colocava no lugar de assistir aos que precisavam.