Confira a carta aberta:
“Um bom dia a todos.
Este ainda não é meu pronunciamento a respeito das eleições. Pronunciar-me-ei logo.
Este é o desabafo de um filho.
Amigos e amigas, a dor que envolve meu peito é inexplicável. Eu ainda não tive condições de ler e responder as mensagens de carinho que tenho recebido, mas tentarei responder uma a uma. Tenham certeza que isso ajuda muito a me confortar.
A forma que tudo ocorreu, tão de repente, muito me machuca. A velocidade com que tive que estar de pé para dar sequência ao projeto de meu pai foi diretamente proporcional à intensidade da ferida que se abriu em meu coração.
Perdão, amigos, por não ter conseguido celebrar, ontem, com alegria. É uma fase que eu preciso passar em minha vida..."
Eu cuidava do meu pai. Era meu filho.
Nós vivíamos juntos para o que desse e viesse. Era meu amigo.
Perdi, de uma só vez: meu pai, meu filho e meu amigo.
Isso dói. Isso corrói por dentro.
Meus últimos dias de campanha foram 100% apegados à fé. Um terço na mão foi a arma que empunhei e carreguei para aguentar chegar às 17:00 de ontem, dia 15 de novembro de 2020.
Lutei pela honra de meu pai. Lutei pelos ideais de meu pai. Lutei pelo futuro de nossa amada cidade. Lutei ao lado de guerreiros que me mantiveram de pé. E agora, a primeira etapa dessa luta foi concluída.
Mas eu, filho, continuo aqui. É através desse desabafo que venho pedir, mais uma vez, um Pai Nosso. Se você não for religioso, por favor, peço que direcione boas energias ao meu herói.
Apenas feche os olhos e dedique amor e carinho a ele.
Peço à Mãe de Jesus que interceda, constantemente, por meu pai.
Peço paz. Peço conforto. Peço amor ao próximo.
Que Deus nos abençoe, guie e guarde.
Obrigado e até logo!”